sábado, 18 de junho de 2011
HOMENAGEM A MARIA CÉLIA MACIEL
Minha coluna desta semana já estava pronta quando recebi a triste notícia do falecimento da querida amiga Maria Célia Maciel, “Celinha”. Então decidi deixar meu artigo denominado “Maioridade x Impunidade” para a próxima semana e usar este espaço para prestar uma justa homenagem, que só me arrependo de não ter feito antes, mas mesmo assim acho necessária esta distinção.
Desde que comecei minha caminhada pastoral na Paróquia Sagrada Família, quando nosso pároco era o querido Pe. Tomé, hoje bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, fiz grandes amizades verdadeiras que cultivo até hoje, uma delas foi com a Celinha.
Ainda me lembro bem de quantas noites passávamos reunidos na casa da “Dodora”, com a Alcélia, a Cida Lopes, a Maria Tereza, o Paulo Valadão para preparar as celebrações litúrgicas da matriz. Sempre que havia algum introito ou comentário a ser feito, logo todos apontavam a Celinha, por sua capacidade de síntese, português impecável e conhecimento litúrgico.
A Celinha era uma pessoa maravilhosa, tratava todos com igualdade, com respeito e com um belo sorriso no rosto. Acho que ela não sabia dizer não, pois nunca nos negava nenhum pedido quando era para a obra de Deus.
Reitero que este reconhecimento se fazia necessário em vida, mas como cometi esta falha, não poderia agora me furtar de homenageá-la, pois a Celinha foi minha grande incentivadora no trabalho religioso e social.
Já há algum tempo sem encontrá-la pessoalmente, fiquei surpreso quando minha mãe chegou em casa com um recorte de jornal, dizendo que tinha sido entregue pela Maria Célia. Era uma matéria de um jornal da cidade de São Paulo explicando o significado do nome Altair, uma estrela.
Agora, eu só espero que lá de cima, a Celinha continue guiando meus passos junto de mais alguns anjos da guarda que eu tenho lá no céu. Guiando não só meus passos, mas de tantas e tantas pessoas que ela auxiliou no trabalho pastoral e com sua ação social. A Maria Célia foi um testemunho vivo de fé, de perseverança, de amor ao próximo e, para sempre, seu exemplo servirá para muitas pessoas. Para sempre será uma estrela brilhando como uma bússola a nos guiar.
Altair Nogueira
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Na corda bamba...
A primeira crise política do Governo Dilma aconteceu antes mesmo que os mais vorazes opositores esperavam. Extremamente técnica em suas ações, a Presidenta não tem privilegiado aliados em muitas nomeações, nem liberado as famosas emendas parlamentares que fazem a festa dos deputados e senadores, assim abriu espaço para que a oposição, mesmo enfraquecida, conseguisse mídia para divulgar os erros dos primeiros cem dias de governo.
Para piorar, o poderoso chefão Ministro da Casa Civil Antônio Palocci viu seu assombroso crescimento patrimonial exposto em todos os grandes jornais do país, evidenciando que a maioria de suas receitas foram constituídas durante a transição de governo, num claro indício de enriquecimento ilícito.
Depois disso tudo, a bancada evangélica comandada pelo figurão Deputado Antony Garotinho se juntou ao polêmico Deputado Jair Bolsonaro e encostaram Dilma na parede, ou ela retirava de circulação os kits escolares que falavam sobre homofobia ou Palocci seria convocado a dar explicações no Congresso. Dilma teve que recuar, principalmente depois que viu que os kits mais faziam apologia à homossexualidade do que pregavam igualdade de direitos.
Num ato impensado, Dilma, talvez por sua inexperiência política chamou o pior dos bombeiros para apagar o incêndio, seu mentor e padrinho, o ex-Presidente (e já disse aqui, ex-presidente é ex-presidente) Lula. Foi aí que ficou atestada sua incapacidade de lidar com conflitos e falta de um bom articulador no governo, mesmo com maioria esmagadora no Congresso, Dilma não conseguiu evitar a derrota na votação do Código Florestal e viu que só popularidade não é suficiente para administrar um país e sentiu na pele as agruras da vida pública.
No campo pessoal, a Presidenta tem sua saúde questionada mais uma vez, o que deixa o país e, principalmente os investidores internacionais, apreensivos. Parece que o inferno astral de Dilma está longe de terminar e não vai se extinguir simplesmente pelo lançamento da campanha de combate à miséria, uma das estratégias de marketing para tirá-la do atoleiro, pois com a cabeça de Palocci a prêmio, muita instabilidade ainda aguarda o governo petista, vamos aguardar cenas dos próximos capítulos.
Altair Nogueira é publicitário e presidente da Câmara Municipal de Três Corações(www.twitter.com/altair_nogueira)
Assinar:
Postagens (Atom)