Depois da Beata Nhá Chica, o Papa Francisco autorizou o decreto sobre o milagre atribuído à intercessão do brasileiro Francisco de Paula Victor, o padre Víctor de Três Pontas. O Vaticano divulgou neste sábado, 6, todos os decretos autorizados pelo Papa após audiência privada com o prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, nesta sexta-feira(05/06). O processo de beatificação de padre Victor teve início em 13 de julho de 1993 e foi complementado em agosto de 1998. A causa foi aceita pela Congregação das Causas dos Santos em 2002. Bento XVI reconheceu a prática das suas virtudes heroicas em 12 de maio de 2011. Agora, o Papa Francisco autoriza a promulgação do decreto que diz respeito ao milagre atribuído a este Servo de Deus. Trata-se da cura inexplicável de um morador da cidade, cura esta reconhecida por uma junta médica do Vaticano e por uma comissão de teólogos. Segundo o bispo da Diocese da Campanha, Dom Diamantino Prata de Carvalho, a celebração de beatificação deve ser marcada para novembro por conta do dia da Consciência Negra.
Conheça a história de Pe. Victor:
Padre Victor nasceu em Campanha, no sul de Minas, em 12 de abril de 1827, durante o período da escravidão negra. Ao entrar para o Seminário, sofreu muito pelos preconceitos dos seus colegas, que o humilhavam e o maltratavam com serviços braçais. Aos poucos, Victor foi conquistando a todos pela sua conduta íntegra e grande humildade. Durante o seu ministério, catequizou e instruiu o povo, edificando a Escola Sagrada Família para crianças e jovens. Ordenado sacerdote em 14 de junho de 1851, padre Victor foi vigário paroquial, em Campanha, por 14 meses. Enviado como pároco para Três Pontas, ali permaneceu por 53 anos, até a sua morte, em 23 de setembro de 1905. A notícia do falecimento abalou a cidade e toda a região, que já o venerava. Seu corpo, que ficou exposto durante três dias, exalava agradável perfume. Devido ao grande número de pessoas que compareceram ao sepultamento, foi feita uma procissão pelas ruas da cidade, voltando novamente à Matriz – por ele construída -, onde foi enterrado.
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