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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Três Corações fica de fora mais uma vez!


Antes de chegarmos ao tema central deste artigo, quero dar uma volta pelo atual cenário político brasileiro. Primeiro quero, mais uma vez, reconhecer os avanços do Presidente Lula e seu papel de liderança no contexto mundial, sem desmerecer o salto que o Brasil deu nos últimos anos só acho necessário denotar que o ex-presidente Fernando Henrique foi quem plantou as bases da consolidação econômica do país e lançou os primeiros programas de transferência de renda. Até mesmo Fernando Collor com sua maculada gestão, marcada pela corrupção, teve seus méritos quando abriu as portas para o mercado internacional. Muitas vezes temos a impressão de que Lula foi o primeiro presidente do Brasil e que foi ele que fez tudo o que temos hoje, então é importante termos visão crítica e análise imparcial para reconhecermos os progressos de sua gestão, mas não deixarmos de valorizar tudo o que tem sido construído desde a redemocratização.
Também gostaria de tratar neste texto do jogo de marketing que tentam implantar na candidata fantoche do governo, Dilma Rousseff, mas que ela própria estraga com suas derrapadas em cada nova entrevista. A neo-petista nos últimos dias disse ser católica no mesmo dia em que freqüentou um terreiro de candomblé, talvez confiando na memória curta do brasileiro, pensou que já tínhamos esquecido que ela já se declarou atéia, depois falou em uma força superior, disse que a “deusa” Nossa Senhora exerce forte influência em sua vida. Alguns analistas políticos afirmam que Dilma muda de opinião como muda de cabelo, já defendeu o aborto como questão de saúde pública e agora disse que “nenhuma mulher é a favor do aborto”, só não disse se ela é a favor. Parece que é mais fácil levar um sindicalista barbudo, grosseiro e falando errado a usar terninhos italianos, com barba feita e com um português compreensível do que transformar uma “ex-terrorista”, que não acredita em Deus e defende uma cultura de morte.
Também não poderia deixar de falar da querida Marina Silva que já definiu seu vice, o grande empresário Guilherme Leal da Natura. Parece que estamos vendo a trajetória do Presidente Lula se repetindo, uma militante de esquerda, que se alfabetizou aos 16 anos, viveu na miséria extrema e se elegeu a senadora mais jovem do país, defendendo a bandeira do meio-ambiente contra toda a máquina capitalista selvagem. Ela tem posições firmes, além de ser muito coerente e ter pontos de vista bem definidos. Sua entrada na corrida eleitoral já representa um grande avanço para nossa democracia e significa a ampliação do debate sobre o desenvolvimento sustentável e a preservação da natureza, o respeito aos povos da floresta e à diversidade. Também é inevitável lançarmos um olhar atento para a presença de duas mulheres presentes no pleito, ambas com espaço na mídia e representatividade para concorrerem ao cargo, realmente confirmando a tendência de ascensão das mulheres a postos cada vez mais elevados na sociedade.
Por fim, quero, mais uma vez, clamar aos santos para que iluminem a cabeça de nossos políticos para que tomem juízo e pensem mais em nossa cidade do que em seus próprios egos. Nossa cidade não suporta este número de candidatos que se anuncia por aí, se não houver união e aliança, Três Corações ficará de fora mais uma vez, tanto da Assembléia Legislativa, quanto da Câmara dos Deputados. Poderíamos juntar dois bons nomes com chances reais, com viabilidade financeira, perfil carismático, formação adequada, influência regional e com penetração em, ao menos, 30 cidades para garantir uma votação expressiva e eleger nossos representantes nas esferas estadual e federal ou ficar mais quatro anos assistindo o crescimento de nossas vizinhas e o ostracismo de nossa terra. Ainda tenho esperança de que as convenções partidárias barrem alguns destes aventureiros, principalmente os ficha-sujas para que possamos apoiar um representante nosso nesta eleição.
Altair Nogueira é publicitário, vereador e quer ver Três Corações bem representada na política estadual e federal.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Carta ao Prefeito

Nesta edição, deixarei de publicar a o artigo com o título “Três Corações fica de fora mais uma vez!” para publicar uma carta que enviei ao Prefeito Faustinho e ao novo Secretário de Desenvolvimento Social, Frank Dias Barbosa sobre minhas impressões a respeito da ação social em nossa cidade. Já fiz dois artigos com o título “Três Corações Terra de Crack” e para não ter que fazer outro, preferi enviar esta correspondência ao executivo, a qual está transcrita na íntegra e na próxima semana falarei mais uma vez dos pré-candidatos a deputado-estadual de nossa cidade.
“Venho trazer a V.Exa. algumas preocupações que fazem parte do cotidiano de centenas de famílias de nossa cidade nos últimos anos e lhe propor algumas sugestões a respeito desta situação.
A cada dia, as drogas têm assolado nossa sociedade, causando degradação, violência e morte, principalmente entre os mais jovens e carentes. Muitas vezes, nossas crianças, adolescentes e jovens recorrem ao vício das drogas como forma de se distanciar de uma realidade de miséria e sofrimento, causando um círculo vicioso onde a criminalidade se faz presente como forma de sustentar esta prática,
Peço encarecidamente que a Prefeitura estude a possibilidade de retomar os projetos sociais nos bairros da cidade, principalmente onde estão os bolsões de pobreza e que apresentem índices altos de criminalidade e delinqüência juvenil.
Andando pelos bairros na noite, sem nenhum critério específico, é possível notar o avanço do consumo de crack entre as pessoas, ressalto novamente, principalmente entre os mais jovens e carentes. Nossa rede de proteção social precisa ser ampliada e divulgada para chegar a quem realmente precisa, e não se enganem, são muitas as pessoas flageladas pela droga, pela miséria, pela violência doméstica.
Aproveito este momento em que um novo secretário assume esta pasta de suma importância para o desenvolvimento e governabilidade de qualquer cidade, pois sem o bem estar das pessoas não há como evoluir, para pedir uma maior integração entre as pastas. A Secretaria de Desenvolvimento Social não pode agir sozinha, ela não alcançará resultados sem integração, especialmente com as Secretarias de Educação e Esporte.
A Secretaria de Esporte tem desempenhado um belo trabalho através de projetos como o Segundo Tempo e o Minas Olímpica, além das ações em diversas modalidades como vôlei, futebol, basquete e ginástica olímpica. Acredito que não há no momento, melhor forma de se aproximar e criar um canal direto de comunicação com os jovens do que através do esporte e nossa cidade conta com diversos profissionais qualificados que podem integrar os quadros de tais ações.
É muito necessário que a política social do município funcione bem para que estes jovens não saiam das escolas. Muitas vezes, a evasão escolar é causada por interferências sociais. Professores não podem ser agredidos verbal e fisicamente em sala de aula, durante o processo de alfabetização não há tempo hábil para que professores assumam a função de assistentes sociais de casos de vulnerabilidade pessoal e social que, cada vez mais, povoam as nossas escolas. Estes alunos, por sua vez, não podem ser abandonados e precisam de um acompanhamento sério e criterioso, especializado para reverter este processo.

Precisamos ouvir mais a voz dos conselhos consultivos, pois eles representam suas classes e precisam de um apoio efetivo do governo para que não sejam gritos vazios de socorro. Dentre estes, reforço a importância das ações de acessibilidade para idosos e pessoas com deficiência, esta é uma política nacional que não pode deixar de ser executada em âmbito local.
Em tempo, precisamos investir em um Centro de Recuperação para Dependentes Químicos em nossa cidade e oferecer maior apoio e acompanhamento aos já existentes, visto que os números de usuários de drogas vem aumentando significativamente.
Precisamos que o Conselho Tutelar seja mais atuante e promova ações de prevenção, visitando as escolas, os bairros e as instituições de nossa cidade para realizar um mapeamento da atual situação de nossas crianças e adolescentes.
Nossos Centros de Referência de Assistência Social(CRAS) precisam ser referências de verdade para a comunidade, todos devem sentir-se acolhidos pelas ações destes, e seus resultados têm de ser reais e concretos. Não há mais espaço para amadorismo na administração pública e a atual forma de execução do Serviço Único de Assistência Social defende o fim do assistencialismo e clientelismo por uma promoção social através da conscientização cidadã, da transparência, e de ações normativas com monitoramento e geração de resultados. Porém, além dos critérios técnicos, precisamos ter sensibilidade para entender e atender os anseios de nossa população já tão penalizada.
Outra ação que em que em minha opinião seria de extrema importância, seria um fórum com a participação de todas as entidades de nosso município, a fim de sistematizar as ações, atualizar informações e regularizar suas documentações e suas atividades.
Por fim, gostaria de sugerir a criação de um Cadastro Único Social do município, pois sem dados, acho difícil definir ações e realizar as atividades necessárias para alcançar os que precisam. Através do Cadastro Único Social, teríamos um mapeamento completo de todos os cidadãos carentes, quais estão recebendo os benefícios e programas de transferência de renda, quais estão sendo atendidos por entidades locais, onde estão e como vivem, assim seria possível uma maior participação inclusive do voluntariado em prol destes grupos.
Espero que tenha contribuído com minhas sugestões e ressalto que o desenvolvimento social não é apenas tarefa governamental, e sim, de nós todos. Se não arregaçarmos as mangas, deixarmos um pouco nossos gabinetes, computadores e telefones e colocarmos em prática toda esta base teórica que resguarda direitos e assegura uma rede de proteção social, logo não conseguiremos mais reverter este domínio das drogas e da marginalidade em nossa sociedade. Ou nos fazemos presentes nestas comunidades ou deixamos de vez com que marginais se apoderem destas. Vamos nos unir e construir juntos uma cidade melhor, com qualidade de vida e bem-estar social, onde todos tenham oportunidades e onde só tenhamos craques de bola, craques de matemática, craques da música, e não este maldito crack que destrói os sonhos e a esperança de nossas crianças.”


Altair Gustavo Rocha Nogueira é publicitário, vereador e quer ajudar a mudar esta triste realidade de nosso país.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Sozinhos não vamos a lugar nenhum!


Sempre me pergunto por que a vida nos impõe certos desafios e se somos realmente capazes de superar tantas barreiras e obstáculos que despontam diante de nossa caminhada terrena. Muitas vezes nos preocupamos com coisas tão pequenas e logo adiante aparecem problemas maiores que temos de nos desdobrar para solucionar.
Jesus nos fala no evangelho uma frase interessante: “O ramo não pode dar fruto por si mesmo”. Como temos uma tendência natural ao egoísmo, até pensamos que podemos resolver tudo sozinhos, sem a ajuda de ninguém, mas se pararmos um minuto para analisar, percebemos que somente em parceria, unidos conseguimos alcançar nossos objetivos.
Muitas vezes somos tomados pelo orgulho e achamos que somos dono de tudo, que sabemos tudo, que podemos tudo e somos os melhores, e quando nos damos conta de nossa pequenez já é tarde. Estamos cegos de tal maneira e nos achando tão auto-suficientes que perdemos o sentido da realidade.
Assim como as árvores temos raízes, temos ramos e damos frutos. As boas árvores sempre são admiradas e bem cuidadas, as demais secam, morrem, são arrancadas e queimadas. Sempre devemos reconhecer que nossas raízes não podem ser esquecidas, precisam de cuidado, atenção para manter nossa base sempre sólida, assim também teremos ramos vigorosos e frondosos. Nossos frutos devem ser compartilhados e também lançados ao solo como sementes do amanhã.
Árvores juntas formam belos parques e bosques, umas protegem as outras, geram vida ao seu redor e assim compõem a maravilha da criação. Também nós inspirados nestes exemplos devemos viver em comunhão a fim de espalhar energia positiva por todos os cantos por onde passamos.
Viver em comunidade é difícil sim, são muitas pessoas, umas diferentes das outras, com pensamentos destoantes, com ações divergentes, com seu modo de existir, mas nossa missão neste mundo passa pelo respeito à diversidade, passa pela aceitação do ser humano com suas falhas e pelo perdão, somente assim é possível notar a beleza da vida e colher os frutos que brotam a todo momento.
Altair Nogueira é publicitário, vereador e cita o ditado africano: “Faça como a tamareira, atiram-lhe pedras e ela deixa cair seus frutos!”

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Quem é o culpado pela dengue?


Outro dia, recebemos o médico infectologista, Dr. Luis Carlos Coelho em nossa Câmara Municipal para alertar sobre o perigo da epidemia de dengue em nossa cidade. Durante a sessão, falou-se sobre os sintomas e a prevenção da doença, também sobre o longo período que as larvas sobrevivem em certas condições climáticas e sobre a intensificação dos casos nos últimos dias.
Até onde sei, já são mais de 120 notificações e 1 morte. Para tomar medidas preventivas e impedir que a dengue chegue até você, a melhor atitude é combater os focos de acúmulo de água. Esses locais são propícios para a criação e reprodução do mosquito transmissor da dengue.
Os sintomas da dengue são os seguintes: febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas no corpo, dor nos ossos e articulações.
Questionou-se a ação da Prefeitura, quanto à informação da população, o número de agentes de endemias, a punição aos donos de terrenos baldios, e o tratamento dos doentes. Neste momento é importante que não se escondam os casos, pois a divulgação serve de alerta para que as pessoas fiquem atentas.
A dengue no país tem vários culpados, desde a inércia governamental, visto que o atual governo foi o que menos investiu na saúde, mas principalmente a falta de cuidados da população. Se eu cuido do meu quintal, mas meu vizinho não cuida, a dengue está ali para atacar os dois. Por isso, a importância de se denunciar quem está juntando lixo em casa e deixa água parado em recipientes.
Acho que é motivo para temermos sim, e nos informarmos sobre a doença para prevenir. Afinal maior que a epidemia de dengue em nossa cidade, somente a epidemia de pré-candidatos.
Vamos unir nossas forças contra a dengue! Dê uma olhada no seu quintal, pois pode ser um foco sem você saber. Amarre bem os sacos de lixo. Lave seu quintal com água e sabão. Não deixe a água da chuva acumulada sobre a laje. Mantenha a caixa d’água completamente fechada. Não jogue lixo em terrenos baldios. Lave bem todos os utensílios usados para guardar água em casa. Jogar no lixo, todos os objetos que possam acumular água como garrafas e latas.

Altair Nogueira é publicitário, vereador e está atento no combate à dengue!

sábado, 1 de maio de 2010

Cada um tem um gosto...

Realmente, gosto é uma ciência que não se discute. Fico impressionado de ver como há espaço para todos, como cada um gosta de um tipo de comida, bebida, esporte, religião, cor, etc. Temos que aprender a conviver e respeitar as diferenças para que não nos decepcionemos com a atitude das pessoas a partir de seus gostos particulares.
Assistindo a entrega do prêmio para os melhores da Tv Globo no Programa do Faustão e para os melhores da Tv brasileira no Troféu Imprensa de Silvio Santos, pude perceber como comungamos de opiniões em certos pontos, mesmo não havendo unanimidade e como discordamos em outros.
Quando vi que o Pe. Fábio de Melo ganhou o prêmio de melhor cantor na Globo, por mais católico praticante que seja, fiquei indignado. No ano em que o rei Roberto Carlos completou 50 anos de carreira, sendo ainda um fenômeno em vendas na era da pirataria, não achei justo o padre cantor ganhar o prêmio. Só me senti aliviado ao ver que no troféu da concorrência, o rei levou o merecido reconhecimento.
Ao lado de nomes consagrados como Roberto Carlos, Hebe Camargo, Tony Ramos, Lília Cabral, Cláudia Leite, gostei da escolha de “Você não vale nada, mas eu gosto de você!” como a melhor música do ano, inclusive sendo eleita também na poderosa vênus prateada. Gostos a parte, é inegável o sucesso que a música fez em todo o país, em todas as classes sociais e como ela se encaixou no universo dos brasileiros.
Armando Nogueira se foi, mas no dia anterior viu Willian Bonner receber premiação e sua magnífica criação, o Jornal Nacional, receber o prêmio dos jornalistas e também na votação popular pela internet, mostrando que continua na liderança dos informativos televisivos. Pode até ser considerado parcial e servidor dos interesses da família Marinho, mas seu formato ainda é o mais copiado e assistido.
Veja o que vai acontecer agora, quando teremos eleições com mensaleiros, corruptos, bandidos, ladrões, assassinos, terroristas, fantoches, misturados aos candidatos sérios e comprometidos e muitos irão votar nas piores opções possíveis, questão de gosto! Depois que vi a Dilma abraçada ao Collor e ao Sarney no maior rebolation, pensei comigo: Que bom seria se a Marina Silva fosse a vice do Serra ou se o Aécio fosse o presidenciável? Mas muitos discordam desta opinião e acham que o PAC é de verdade, afinal nem bem começaram a etapa 1 e já lançaram a 2.
Sou palmeirense, meio fajuto, eu admito, mas sou. Mas é inegável falar do poder de mídia e de torcida que Flamengo e Corinthians têm. Afinal, formiga, puxa-saco, flamenguista e corintiano tem em todo lugar! A rivalidade de gostos por times diferentes, muitas vezes, rompe os alambrados e afeta o trabalho, a família e o dia-a-dia dos torcedores. O pior é quando o gosto pelo time vira obsessão e faz com que hajam enfrentamentos, brigas e até mortes.
Na escola, sempre gostei de português, enquanto outros gostavam da bendita matemática. Até hoje tenho aversão aos números, mesmo precisando deles. O que seria do azul se todos gostassem do verde, não é mesmo? E a guerra interminável entre loiras e morenas, sempre com motivos para recomeçar? Na vida existem opções para todos os gostos e o mais importante, reforço, é respeitar as diferenças e aprender a conviver em comunhão com opiniões distintas da sua.

Altair Nogueira é publicitário, vereador e pensa diferente de muita gente!