Realmente, gosto é uma ciência que não se discute. Fico impressionado de ver como há espaço para todos, como cada um gosta de um tipo de comida, bebida, esporte, religião, cor, etc. Temos que aprender a conviver e respeitar as diferenças para que não nos decepcionemos com a atitude das pessoas a partir de seus gostos particulares.
Assistindo a entrega do prêmio para os melhores da Tv Globo no Programa do Faustão e para os melhores da Tv brasileira no Troféu Imprensa de Silvio Santos, pude perceber como comungamos de opiniões em certos pontos, mesmo não havendo unanimidade e como discordamos em outros.
Quando vi que o Pe. Fábio de Melo ganhou o prêmio de melhor cantor na Globo, por mais católico praticante que seja, fiquei indignado. No ano em que o rei Roberto Carlos completou 50 anos de carreira, sendo ainda um fenômeno em vendas na era da pirataria, não achei justo o padre cantor ganhar o prêmio. Só me senti aliviado ao ver que no troféu da concorrência, o rei levou o merecido reconhecimento.
Ao lado de nomes consagrados como Roberto Carlos, Hebe Camargo, Tony Ramos, Lília Cabral, Cláudia Leite, gostei da escolha de “Você não vale nada, mas eu gosto de você!” como a melhor música do ano, inclusive sendo eleita também na poderosa vênus prateada. Gostos a parte, é inegável o sucesso que a música fez em todo o país, em todas as classes sociais e como ela se encaixou no universo dos brasileiros.
Armando Nogueira se foi, mas no dia anterior viu Willian Bonner receber premiação e sua magnífica criação, o Jornal Nacional, receber o prêmio dos jornalistas e também na votação popular pela internet, mostrando que continua na liderança dos informativos televisivos. Pode até ser considerado parcial e servidor dos interesses da família Marinho, mas seu formato ainda é o mais copiado e assistido.
Veja o que vai acontecer agora, quando teremos eleições com mensaleiros, corruptos, bandidos, ladrões, assassinos, terroristas, fantoches, misturados aos candidatos sérios e comprometidos e muitos irão votar nas piores opções possíveis, questão de gosto! Depois que vi a Dilma abraçada ao Collor e ao Sarney no maior rebolation, pensei comigo: Que bom seria se a Marina Silva fosse a vice do Serra ou se o Aécio fosse o presidenciável? Mas muitos discordam desta opinião e acham que o PAC é de verdade, afinal nem bem começaram a etapa 1 e já lançaram a 2.
Sou palmeirense, meio fajuto, eu admito, mas sou. Mas é inegável falar do poder de mídia e de torcida que Flamengo e Corinthians têm. Afinal, formiga, puxa-saco, flamenguista e corintiano tem em todo lugar! A rivalidade de gostos por times diferentes, muitas vezes, rompe os alambrados e afeta o trabalho, a família e o dia-a-dia dos torcedores. O pior é quando o gosto pelo time vira obsessão e faz com que hajam enfrentamentos, brigas e até mortes.
Na escola, sempre gostei de português, enquanto outros gostavam da bendita matemática. Até hoje tenho aversão aos números, mesmo precisando deles. O que seria do azul se todos gostassem do verde, não é mesmo? E a guerra interminável entre loiras e morenas, sempre com motivos para recomeçar? Na vida existem opções para todos os gostos e o mais importante, reforço, é respeitar as diferenças e aprender a conviver em comunhão com opiniões distintas da sua.
Altair Nogueira é publicitário, vereador e pensa diferente de muita gente!
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