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domingo, 26 de setembro de 2010

No 2º turno a coisa muda!


Não que eu esteja sem inspiração nas últimas semanas, mas por dever cívico de defender meu país, tenho republicado neste espaço, reflexões acerca das eleições 2010. Nesta semana não poderia deixar de encerrar com este editorial do jornal O Estado de São Paulo que traduz bem meu sentimento nestas eleições. Nosso estado de Minas Gerais está se mostrando maduro o bastante para escolher seus candidatos a partir de argumentos e propostas e não aceitando imposições externas com interesses daqueles que nunca estiveram ao nosso lado e não conhecem o sentimento mineiro. Lula tenta eleger seu candidato em Minas usando todos os artifícios possíveis e tentando esconder a crise que quase quebrou os Correios. Desvios, corrupção, má gestão, não é o que queremos aqui. Agora que o barco está afundando, ele ainda tenta eleger um senador que possivelmente será içado para um ministério se sua candidata ganhar, deixando um suplente que ninguém sabe quem é, não é isso que queremos para Minas. E para o Brasil, o que queremos, alguém que já conhecemos a biografia ou uma candidata imposta? O jornal O Estado de São Paulo se posiciona claramente nestas linhas que transcrevo aqui e assino embaixo:
“A acusação do presidente da República de que a Imprensa “se comporta como um partido político” é obviamente extensiva a este jornal. Lula, que tem o mau hábito de perder a compostura quando é contrariado, tem também todo o direito de não estar gostando da cobertura que o Estado, como quase todos os órgãos de imprensa, tem dado à escandalosa deterioração moral do governo que preside.
E muito menos lhe serão agradáveis as opiniões sobre esse assunto diariamente manifestadas nesta página editorial. Mas ele está enganado. Há uma enorme diferença entre “se comportar como um partido político” e tomar partido numa disputa eleitoral em que estão em jogo valores essenciais ao aprimoramento se não à própria sobrevivência da democracia neste país.
Com todo o peso da responsabilidade à qual nunca se subtraiu em 135 anos de lutas, o Estado apoia a candidatura de José Serra à Presidência da República, e não apenas pelos méritos do candidato, por seu currículo exemplar de homem público e pelo que ele pode representar para a recondução do País ao desenvolvimento econômico e social pautado por valores éticos. O apoio deve-se também à convicção de que o candidato Serra é o que tem melhor possibilidade de evitar um grande mal para o País.
Efetivamente, não bastasse o embuste do “nunca antes”, agora o dono do PT passou a investir pesado na empulhação de que a Imprensa denuncia a corrupção que degrada seu governo por motivos partidários. O presidente Lula tem, como se vê, outro mau hábito: julgar os outros por si. Quem age em função de interesse partidário é quem se transformou de presidente de todos os brasileiros em chefe de uma facção que tanto mais sectária se torna quanto mais se apaixona pelo poder.
É quem é o responsável pela invenção de uma candidata para representá-lo no pleito presidencial e, se eleita, segurar o lugar do chefão e garantir o bem-estar da companheirada. É sobre essa perspectiva tão grave e ameaçadora que os eleitores precisam refletir.
O que estará em jogo, no dia 3 de outubro, não é apenas a continuidade de um projeto de crescimento econômico com a distribuição de dividendos sociais. Isso todos os candidatos prometem e têm condições de fazer. O que o eleitor decidirá de mais importante é se deixará a máquina do Estado nas mãos de quem trata o governo e o seu partido como se fossem uma coisa só, submetendo o interesse coletivo aos interesses de sua facção.
Não precisava ser assim. Luiz Inácio Lula da Silva está chegando ao final de seus dois mandatos com níveis de popularidade sem precedentes, alavancados por realizações das quais ele e todos os brasileiros podem se orgulhar, tanto no prosseguimento e aceleração da ingente tarefa – iniciada nos governos de Itamar Franco e Fernando Henrique – de promover o desenvolvimento econômico quanto na ampliação dos programas que têm permitido a incorporação de milhões de brasileiros a condições materiais de vida minimamente compatíveis com as exigências da dignidade humana.
Sob esses aspectos o Brasil evoluiu e é hoje, sem sombra de dúvida, um país melhor. Mas essa é uma obra incompleta. Pior, uma construção que se desenvolveu paralelamente a tentativas quase sempre bem-sucedidas de desconstrução de um edifício institucional democrático historicamente frágil no Brasil, mas indispensável para a consolidação, em qualquer parte, de qualquer processo de desenvolvimento de que o homem seja sujeito e não mero objeto.
Se a política é a arte de aliar meios a fins, Lula e seu entorno primam pela escolha dos piores meios para atingir seu fim precípuo: manter-se no poder. Para isso vale tudo: alianças espúrias, corrupção dos agentes políticos, tráfico de influência, mistificação e, inclusive, o solapamento das instituições sobre as quais repousa a democracia – a começar pelo Congresso.
E o que dizer da postura nada edificante de um chefe de Estado que despreza a liturgia que sua investidura exige e se entrega descontroladamente ao desmando e à autoglorificação? Este é o “cara”. Esta é a mentalidade que hipnotiza os brasileiros. Este é o grande mau exemplo que permite a qualquer um se perguntar: “Se ele pode ignorar as instituições e atropelar as leis, por que não eu?”
Este é o mal a evitar.”

Altair Nogueira é publicitário, vereador e vota para chegarmos ao 2º turno

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Pense bem antes de votar!


Como prometido na semana passada, estarei publicando uma síntese do pronunciamento do Pastor Paschoal Piragine Jr da 1ª Igreja Batista de Curitiba que pode nos ajudar muito a refletir sobre a atual situação do nosso país e rever certos conceitos. Também não posso deixar de citar o espetáculo com Nany People no Teatro da ESA, onde ela usa de sua irreverência para nos alertar sobre os perigos de vender nosso voto com as bolsas da vida. Leia e reflita e na semana que vem tem mais:
"A Palavra de Deus usa uma expressão, que às vezes a gente lê e não entende muito o sentido dela. A palavra é iniquidade. O que é iniquidade? É quando a gente está tão acostumado ao pecado, que não tem mais vergonha de cometê-lo; e ele passa a ser algo tremendamente natural em nossa vida.
A Bíblia diz que quando a iniquidade chega, o coração do homem está tão endurecido, que ele não se envergonha mais do pecado, não pode reconhecer que determinada ação é pecado, é tempo de Deus julgar a sua terra, o seu povo, uma nação.
Nunca precisei dizer isto antes. Eu quero dizer para vocês que nós precisamos tomar muito cuidado com essas eleições que vão acontecer. Porque há uma série de leis que estão tramitando que vão depender do voto do deputado federal, que vão depender do voto do senador que vão ser incorporadas pela ação da máquina estatal através da Presidência da República.
Nós precisamos de valores cristãos trabalhando nesses contextos. Por causa disso está havendo no Brasil um movimento, que eu faço parte, graças a Deus, de líderes cristãos, de várias denominações, evangélicos e católicos que estão trabalhando para impedir que a iniquidade seja institucionalizada na forma de lei.
Por isso alguns pastores têm se posicionado firmemente no rádio e na televisão com suas Igrejas e também a CNBB - Conferência Nacional de Bispos do Brasil nessa última semana escreveu um documento e publicou e lançou na mão de toda a imprensa se posicionando com relação a este assunto.
Vou pedir que você assista um vídeo de alguns minutos que fala desses problemas: (pedofilia, infanticídio indígena, legalização do aborto, controle da imprensa, etc), de como nós precisamos levar isso a sério, por tudo isso que vai passar no vídeo é iniquidade institucionalizada, e nós precisamos nos posicionar e dizer que não queremos isso em nossa nação, e vamos procurar pessoas que nos representem e dizer que nós queremos votar contra essas coisas, porque caso contrario a iniquidade será oficializada, Deus não terá outra coisa a fazer senão julgar a nossa terra.”
Pense bem antes de votar, tem gente que tenta se passar por aquilo que não é. Quem assistiu ao debate promovido pelas tvs católicas (Canção Nova, Rede Vida, Tv Aparecida, Tv Século 21) viu as opiniões sobre temas polêmicos de Marina Silva, Plínio de Arruda Sampaio e José Serra, mas teve alguém que não foi, pois não pode falar sobre certas coisas, afinal quem elegeria alguém que não acredita em Deus e que defende leis contra a vida humana?

Altair Nogueira é vereador, publicitário e pensa bem antes de votar!

domingo, 12 de setembro de 2010

Um político de ficha limpa


Não costumo republicar artigos de outros autores neste espaço, mas abro hoje uma exceção para levar ao conhecimento de meus leitores, um texto do Arcebispo de São Paulo, Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer. Acho que o momento é de discussão política, afinal o futuro do nosso país e do nosso estado está em jogo e temos que refletir muito bem qual o caminho que tomaremos para decidir com precisão, à luz da fé e com discernimento. Segue então, na íntegra, esta bela reflexão que deve chegar ao conhecimento de todos.

“A campanha em favor da “ficha limpa” mobilizou, em todo o Brasil, milhões de pessoas que acreditaram na possibilidade da decência e da ética na política. Em Brasília houve quem apostou que seria mais fácil a vaca voar do que esse projeto de lei de iniciativa popular passar pelo Congresso Nacional. Surpresa! A vaca não voou, mas o projeto passou, a lei já foi sancionada e está em vigor. Agora é vigiar e clamar pela sua aplicação correta. O País agradece a tantos cidadãos que se empenharam para barrar, antes das urnas, pretendentes a mandatos políticos que não podem ostentar idoneidade moral para governar ou legislar. Será bom para o Brasil. Muito bom.

Mas, sejamos justos. Nem todos os políticos foram ou são “fichas sujas”. Muitos desempenharam com dignidade e grandeza a sua missão. No passado e no presente. Quero lembrar um deles, Tomás Morus, um político inglês. Não é que faltem exemplos também entre nós, mas porque esse é emblemático. Nasceu em Londres, em 1478; estudou Direito em Oxford, casou, teve 3 filhas e um filho. Homem de vasta cultura, amigo de notáveis protagonistas do Renascimento, escreveu vários livros sobre a arte de governar e em defesa da religião - era católico fervoroso. Em 1504 foi eleito para o Parlamento e o rei Henrique VIII confiou-lhe importantes missões diplomáticas e comerciais; chegou a ser membro do Conselho da Coroa, vice-tesoureiro do Reino e, em 1523, presidente da Câmara dos Comuns. Em 1529 foi nomeado chanceler de Sua Majestade.

Quando o soberano, não atendido pelo papa em sua pretensão de divórcio, resolveu ser, ele mesmo, o chefe na Igreja da Inglaterra, separando-a de Roma, o fiel chanceler começou a ter problemas. Não aprovando a ingerência do rei na Igreja e não aderindo à sua política discriminatória contra os católicos, Tomás Morus renunciou ao cargo e retirou-se da vida pública, para sofrer, com sua família, o ostracismo e a pobreza. Foi encarcerado na Torre de Londres e submetido a várias formas de pressão para prestar juramento de fidelidade ao rei. Preferiu permanecer fiel à sua consciência e, com firmeza, denunciou no tribunal o despotismo do soberano. Condenado à morte por “infidelidade ao rei”, foi decapitado no dia 6 de julho de 1535.

Da prisão, escreveu à filha Margarida: “Fica tranquila, minha filha, e não te preocupes com o que possa me acontecer neste mundo. (...) Até agora, Deus me deu a graça de tudo desprezar, do fundo do coração – riquezas, rendimentos e a própria vida – ao invés de jurar contra minha consciência”. E manteve esta posição com serena firmeza. Não traiu a consciência por vantagens, poder, riquezas, prestígio, nem passou por cima da verdade e da decência, mesmo para salvar a própria vida. Permaneceu “ficha limpa”, sabendo que isso lhe custava a cabeça. Literalmente.

Em 1935, quatro séculos depois de seu martírio, o papa Pio XI declarou-o “santo” e, no ano 2000, João Paulo II proclamou-o patrono dos governantes e políticos. De fato, vários chefes de Estado e de Governo, numerosos dirigentes políticos, além de Conferências Episcopais, haviam apresentado sugestão ao papa, nesse sentido. Tomás Morus foi um político comprometido com a verdade e com os valores éticos. O que mais impressiona nesse grande homem público é a retidão e a inflexível fidelidade à própria consciência. Colaborou com a Autoridade e as instituições, enquanto eram legítimas; exerceu o poder na medida da justiça, como serviço ao povo e a seu país. Mas sua grande firmeza de caráter e sua sólida estatura moral não lhe permitiram cair na tentação de usar o poder para sua vantagem e ganhos pessoais. Colocou sua atuação pública ao serviço dos mais pobres e desprotegidos, promoveu a paz social, a educação integral da juventude, a defesa da pessoa e da família. Diante das lisonjas do poder, das honrarias e das riquezas, conservou uma serena jovialidade, inspirada no sensato conhecimento da natureza humana e da futilidade do sucesso. Manteve o bom humor, mesmo diante da iminência da morte.

Tomás Morus harmonizou, de forma extraordinária, sua intensa vida pública com suas convicções interiores. Um bom político, de fato, não pode separar-se da verdade, nem dissociar sua ação da moral. A dignidade dos homens públicos é certificada por uma boa consciência. Como explicar, diante do povo, vantagens desonestas, sem afundar ainda mais no charco da mentira e da desonestidade? A vida de Tomás Morus é um belo exemplo de ética na política. Coisas que ficaram no passado? Não creio. É o mesmo anseio manifestado, ainda hoje, pelos milhões de brasileiros que apoiaram o projeto de lei de iniciativa popular “ficha limpa”. O futuro confirmará, com toda a certeza, que esta lei terá contribuído muito para melhorar o nível ético da política brasileira.

Estamos num ano eleitoral e o povo brasileiro é convidado, mais uma vez, a fazer um discernimento acurado sobre candidatos e partidos, para escolher e votar. Esta é mais uma boa chance dos cidadãos para deixar claro quais rumos querem ver na política do nosso País. Tomás Morus tem algo a ensinar e nos lembra, sobretudo, que a verdade e a ética são inegociáveis. Não têm preço. Também alerta que a corrupção da consciência é uma vilania que pode levar ao despotismo e às maiores injustiças. Com freqüência, clama-se por reformas profundas para melhorar a política do País e elas, certamente, são necessárias. Porém, mais necessários ainda, na condução da vida política de um povo são os políticos íntegros. Chegou a hora de conhecê-los e de votar neles.”

Na próxima semana trago uma nova reflexão para nos ajudar a contextualizar o momento político, desta vez do Pastor Paschoal Piragine Jr da Igreja Batista de Curitiba. Até a próxima.

Altair Nogueira é publicitário, vereador em Três Corações e acha que política é coisa séria

domingo, 5 de setembro de 2010

Dilma e os aloprados e a filha do Serra


Parece que assim como em 2006, quando pessoas ligadas ao PT, que o próprio Lula apelidou de aloprados, mais uma vez, outro grupo de aloprados tenta passar por cima das leis para prejudicar o adversário.
Também é bom lembrar toda a baixaria que povoou a disputa eleitoral de 1989, quando Collor usou a filha de Lula para atacá-lo, agora em atitude semelhante, atacam Serra ao quebrar o sigilo do imposto de renda de sua filha com procuração falsa.
Em 2006, as imagens dos milhões usados para comprar um dossiê falso contra José Serra chocou a população e, juntando-se ao fato de Lula fugir do debate, levou Geraldo Alckmin para o 2º turno com grande votação.
Não sei se as pessoas já se deram conta do crime gravíssimo cometido pelos funcionários da Receita Federal sabe-se lá a pedido de quem. Quem seriam os beneficiados? A quem interessaria prejudicar José Serra? O povo não é bobo, mas talvez ainda nem tenha entendido bem o que se passa neste momento, mas pode estar aí o início da virada de Serra sobre a candidata Dilma que apesar de todo o marketing aplicado a sua campanha, não tem como esconder para sempre aliados como Collor, Renan Calheiros, José Sarney, José Dirceu, entre tantos outros ligados a escândalos de corrupção como o mensalão.
Eleição é sempre uma caixinha de surpresas e nem sempre aquilo que parece é, vejam no caso de Minas Gerais, Hélio Costa disputa pela terceira vez o governo do estado, tem o apoio do Lula, tem o Duda Mendonça(que aliás também é réu no processo do mensalão) e sempre esteve acima dos 40% nas pesquisas chegando a ter 20 pontos de vantagem de Antonio Anastasia, o atual governador que conta com o apoio de Aécio Neves, porém numa virada espetacular, Anastasia saiu de 17% e chegou a 35% das intenções de voto e cresce em ritmo acelerado com grandes chances de ganhar as eleições no 1º turno. Já Hélio está em queda livre nas pesquisas.
Tanto Lula quanto Aécio desmentiram uma tese de que voto não se transfere e levaram Dilma e Anastasia respectivamente à liderança das pesquisas. Mas talvez a mancha de aliados e este escândalo de quebra de sigilo, assim como já havia acontecido com o caseiro de Palocci, possa tirar a vitória de Lula do 1º turno e fazê-lo trabalhar um pouco mais para eleger sua sucessora, já em Minas, a diferença está justamente aí, Anastasia é professor, servidor público técnico, que tem ficha limpa e pode se tornar, ao lado de Geraldo Alckmin e Aécio Neves, uma das principais lideranças do PSDB no país.

Altair Nogueira é publicitário, vereador em Três Corações e como bom mineiro, analisa até o fim para votar certo.