Às vésperas de completar 2 anos, a malfadada Operação Metástase 57, desencadeada em 17 de dezembro de 2013, quando o delegado da Polícia Federal, em uma de suas muitas entrevistas para a emissora de televisão de Varginha , chamou os 37 suspeitos de delinquentes e outros adjetivos pejorativos de mesma lavra, começa a intrigar os tricordianos. Nesta semana, chega até este blog, a informação de que o Ministério Público pediu o arquivamento da denúncia envolvendo o assunto "MERENDA ESCOLAR" por falta de provas. O resultado já esperado, só comprova a tese dos possíveis abusos e exageros cometidos pela Polícia Federal e sua onipresença na mídia local durante aquele final de ano, execrando pessoas que eram suspeitas e tinham o princípio da inocência assegurado. Pessoas de bem e reputação ilibada como a servidora Sálua Neder Borges, integrante do setor de licitações da prefeitura na época, foram achincalhadas pela mídia e pelas redes sociais, e hoje é uma das pessoas que não foi indiciada por nada existir que comprove alguma ilicitude. Em minha opinião, como já publicada em outras oportunidades aqui neste mesmo espaço, o arquivamento deve ser adotado em grande parte ou, até mesmo, na totalidade destas denúncias infundadas. Talvez um dia saibamos o que motivou toda patuscada que aconteceu em nossa cidade, e com uso de dinheiro público, afinal todas estas operações realizadas pela Polícia Federal saem do bolso do contribuinte, e são caras, muito caras. Eu, assim como todo brasileiro, respeito e admiro a PF, afinal ela é hoje uma instituição de credibilidade e que tem sido a pedra no sapato dos corruptos e corruptores, mas assim como qualquer outra instituição deve ter limites, respeitar o ser humano, o cidadão e ter a altivez de reconhecer quando erra. Nunca concordei com essa teoria do prende primeiro, pergunta depois e agora o Ministério Público afirma em sua peça que há absoluta ausência de provas de materialidade e de indício de autoria de delitos. Como sei que os grandes veículos de mídia jamais darão o mesmo espaço agora na absolvição que deram na prisão, fica meu pequeno espaço dedicado à tantas pessoas injustiçadas com esta operação, que levarão esta marca para sempre, afinal ainda não adquirimos a capacidade de arquivar as lembranças ruins de nossa mente. Apesar de ser só o início e não representar que todas as denúncias terão a mesma decisão, já é um alívio no coração de tantas famílias ultrajadas com a condenação antecipada da mídia, das redes sociais e de autoridades que se empolgam com os holofotes e se esquecem que um dia também poderão ser alvo de inquéritos, processos e denúncias por sua conduta. Minha saudação mais que especial à minha querida amiga Sálua, que sempre desempenhou suas funções com afinco, dedicação e honestidade e a todos que tiveram seus nomes relacionados neste primeiro volume de investigação. A verdade sempre prevalecerá!
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