Mesmo com as atribuladas funções de meu novo cargo, tento voltar com minha coluna neste espaço já há algum tempo, principalmente pelos constantes apelos daqueles que gostam de minhas explanações, mas somente agora consegui retomar com muita alegria as discussões sobre política, comportamento, cotidiano e outros assuntos que possam trazer questionamentos aos meus leitores.
Assisti no Globo News Documento, um belo trabalho jornalístico do repórter Carlos Monforte com os ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique, comentando o que sentem depois de deixarem o poder.
Considerando que Sarney, Collor e Itamar estão cumprindo mandato como senadores no momento e que, Sarney, em especial, está presente na política nacional há mais de 50 anos, somente FHC não disputou mais cargos eletivos, mas participa ativamente do comando do PSDB, ele afirma que sentiu um certo alívio ao deixar a presidência. Também que a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) é uma das melhores lembranças de seu mandato. E revelou que o é mais duro é “quando você é obrigado a demitir um companheiro".
Sarney não é mais presidente da República, mas continua na presidência do Senado, mesmo com muitos escândalos e denúncias rondando seu legado, ele afirma que sentiu felicidade ao deixar o planalto e afirmou que seu grande erro foi ouvir os economistas e lançar o Plano Cruzado.
Mas o que será que sente um ex-presidente que deixou Brasília de helicóptero, visualizando uma multidão com a cara pintada gritando impeachment. Collor afirma que no dia seguinte era como se o mundo tivesse desabado sobre ele, mas que era destino que ele voltasse ao mundo político. “Quando pedi ao piloto que sobrevoasse um pouco mais sobre a capital e ele me respondeu que não havia combustível suficiente, percebi que não mandava mais nada” concluiu o ex-presidente Collorido.
Muito importante a nobreza de Fernando Henrique em reconhecer que o Brasil está muito melhor hoje do que quando deixou o governo, mas que sem responsabilidade fiscal e com o aparelhamento do estado será impossível chegar ao patamar das 5 grandes potências mundiais.
Itamar fala da importância da educação para que o país possa avançar e chegar ao porte das nações mais desenvolvidas. Também fala sobre a mania de grandeza em alguns projetos que não vislumbram a verdadeira realidade do país, como por exemplo, a criação do trem bala com investimentos altíssimos e a falta de verba para melhorar o transporte rodoviário, ferroviário e aéreo.
“Um ex-presidente é somente um ex-presidente e não deve intervir nas questões governamentais, pode opinar, mas não tem mais poder para tomar qualquer decisão sobre os rumos do país”, afirmou Fernando Henrique.
Muitos acreditam que Lula tentará interferir nas ações da Presidente Dilma nestes 4 anos de governo, mas não parece que ela acatará, já que tem imprimido um modo próprio de governar e, tenho que reconhecer, com muita responsabilidade e pouca falação ao contrário de seu padrinho político. Lula é um mito no Brasil, mas hoje ele é somente um ex-presidente.
Altair Nogueira é publicitário, presidente da Câmara Municipal de Três Corações e logo também será um ex-presidente!
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