A formação do novo ministério de Dilma Rousseff (PT) e do secretariado de Fernando Pimentel (PT) vai promover o mandato-tampão de seis deputados federais mineiros. Suplentes de políticos escalados pelos dois governos, os novos parlamentares irão cumprir mandatos até fevereiro. Dois deles já tomaram posse. O que não quer dizer que estejam trabalhando, já que este mês é de recesso e a Câmara não debate projetos em comissões nem realiza sessões no plenário. Outros quatro suplentes ainda são aguardados em Brasília. Os menos de 30 dias de mandato irão representar um gasto de até R$ 422 mil, isso se os deputados do banco de reservas quiserem usufruir de todos os benefícios a que têm direito por lei. Na Câmara, com a saída do vice-governador de Minas Antônio Andrade (PMDB), assumiu Silas Brasileiro (PMDB). No lugar de Odair Cunha, nomeado secretário de Governo de Pimentel, tomou posse Wadson Ribeiro (PCdoB). Nos dois casos há uma particularidade: eles continuarão na Casa após fevereiro, pois foram eleitos em 2014 suplentes dos deputados Patrus Ananias (PT) e de Odair Cunha. “Se fosse apenas para ficar um mês, eu não viria para Brasília e teria recusado. Meu mandato é de quatro anos. É até bom vir em janeiro para a Câmara porque vou tomar pé de tudo”, disse Ribeiro, ontem, por telefone. Ribeiro, que é presidente estadual do PCdoB. No gabinete, no entanto, a secretária afirmou que o deputado nunca esteve no local. O colega de mandato-relâmpago Silas Brasileiro não foi encontrado pela reportagem. O ex-deputado atualmente é produtor rural e presidente do Conselho Nacional do Café. Ainda podem entrar para o grupo dos contemplados com o mandato-tampão o empresário Marcos Guimarães (PMDB), na vaga do ministro do Esporte, George Hilton (PRB), o presidente do Uberlândia Basquete, Wellington Salgado (PMDB), o agropecuarista Renato Andrade (PP), e o professor universitário Paulo Delgado (PT), que devem ser chamados, respectivamente, para as vagas de Miguel Corrêa (PT), Nilmário Miranda (PT) e Bernardo Santana (PR), nomeados secretários de Pimentel. No entanto, Nilmário e Santana ainda não se licenciaram. (O Tempo)
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