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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Regime militar na Câmara assusta servidores e população

As primeiras informações exraoficiais sobre as medidas adotadas pela nova mesa diretora da Câmara Municipal, estão causando revolta nos servidores do legislativo e na população tricordiana. Segundo contam, as vagas da garagem interna da sede do Poder Legislativo, não mais poderá ser utilizada pelos servidores, somente pelos vereadores. Em nossa opinião, esta regra não será um bom marketing para os nobres edis, já que a grande maioria só participa das reuniões de segunda-feira e quarta-feira. Assim, a população verá as vagas constantemente vazias e constatará a ausência destes. Outra imposição da gestão é a proibição da entrada da população em grande parte da sede do legislativo. Outrora chamada de Casa do Povo, hoje denominada pela vice-presidente Edna Mafra como "Casa Maldita", a Câmara Municipal iniciou no ano passado, através de seu diretor geral, este processo de afastamento da população. Desde então, diversas normas foram criadas ou ressuscitadas de tempos arcaicos, para impedir a participação popular e a transparência nas ações do legislativo. Na verdade, o que a população espera de seus vereadores é representatividade, ação, trabalho. Não importa se falarão em pé ou sentados, ou até deitados, se cumprirem com sua função. O que importa de verdade é honrarem o voto que lhes foi confiado, deixarem o ego e o poder em segundo plano, pararem de pensar só em quantos votos cada ação lhe renderá, e defenderem a população tricordiana. Além disso, os servidores públicos merecem respeito e devem ter condições dignas de trabalho, afirmações como as que foram feitas já na primeira reunião de comissões do ano - "os funcionários da Câmara não votam na gente, temos que tratá-los com rigor" - são caso de assédio moral contra aqueles que, realmente, se dedicam diariamente àquela Casa de Leis e a fazem funcionar independente de quem sejam os mandatários. O ano apenas começou, ainda tem tempo de mudar as atitudes, já que nas últimas duas décadas, a renovação na Câmara gira em torno de 80%, mas num fato inédito, pode chegar a 100% se os representantes do povo continuarem a dar as costas a quem os elegeu.

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