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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A crackolândia se espalhou pelo Brasil


Talvez os mais novos não se lembrem de uma região da capital paulista que era chamada de Crackolândia, onde os dependentes químicos se amontoavam nas ruas em total desordem. Era um ambiente horrível, sujo, onde a criminalidade corria solta. Aos poucos o município e o estado se uniram para revitalizar aquela área e hoje a realidade é diferente, o local ficou limpo, bonito, arborizado, mas não pensem que os usuários de crack deixaram o vício, eles apenas mudaram de região e se espalharam por outras e pelo Brasil afora.
Não gosto de repetir temas em meus artigos, mas esta é a quinta vez que escrevo falando sobre os males causados pelo crack em nossos jovens. O crack está se espalhando pela sociedade, degradando famílias e destruindo pessoas e não tem sido feito nada de efetivo para mudar esta realidade.
O tema se tornou tão importante que dominou o cenário político e tanto Serra quanto Dilma têm propostas específicas para tentar minimizar a ação de traficantes em nosso país. Já se entendeu que um dos pontos mais importantes de um plano de governo será como lidar com as drogas e sua crescente penetração em todas as camadas da sociedade, principalmente nas mais pobres.
Mesmo que você nunca tenha visto um usuário de crack em nossa cidade, pode ter certeza que eles existem e não são poucos. Você não os vê, pois eles estão escondidos nas sombras, nos becos, nas valas e vão se auto-destruindo aos poucos sem perceberem e sem a ajuda de ninguém.
Posso até estar falando para as paredes, mas não deixarei de lutar contra esta vergonha que se espalhou pelo país. Temos que denunciar o avanço de todas as drogas, mas principalmente desta que é a mais mortal delas. O crack se alastra porque é uma droga barata e mais viciante (e devastadora) que as outras. Drogas como maconha, cocaína e LSD foram ícones de uma época - chegaram às ruas quase como um passaporte de entrada obrigatório para certos círculos sociais, principalmente nos anos 70 (maconha) e 80 (cocaína). Já o crack nunca teve glamour. Não podemos continuar reféns de uma sociedade onde a droga não é discutida nas escolas, nas igrejas e nas famílias(aquelas poucas que ainda resistem).Ou tomamos uma atitude drástica para conter esta praga que se abateu sob nossas comunidades ou nos entregamos de vez ao domínio da morte.

Altair Nogueira é publicitário, vereador e contra as drogas

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