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domingo, 13 de novembro de 2011

Odorico Paraguaçu Tricordiano


Para começar, vamos esclarecer aos meus jovens leitores quem é Odorico Paraguaçu, apesar de que um filme de sucesso lançado recentemente trouxe o folclórico personagem à mídia novamente. Mas foi em 1962, que o memorável autor Dias Gomes escreveu uma peça de teatro que batizou de Odorico, o Bem-Amado. Baseada num caso verídico, passado no Espírito Santo, a peça contava a hilariante história do prefeito Odorico Paraguaçu, que se elegeu com a promessa de construir o cemitério de Sucupira. A cidade se livraria, assim, da humilhação de ter que enterrar seus mortos no município vizinho. Mas o cemitério ficou pronto e não podia ser inaugurado, porque ninguém morria. Depois de inúmeras peripécias para conseguir o morto, o prefeito acaba assassinado e sendo, ele mesmo, o defunto inaugural. Dez anos depois, a Rede Globo lança a novela que se tornou líder de audiência, mesmo nos tempos da ditadura, quando tinha que editar falas e cortar boa parte das cenas.
Outro dia revirando documentos na Casa da Cultura junto do amigo Lúcio Lorena descobri que aqui na nossa Sucupira Tricordiana, também existiu um Odorico e muita gente não sabe.
O Senhor Pio Avellar Gonçalves, nascido em 03 de maio de 1837, na cidade de Campanha – MG mudou-se ainda na infância para nossa cidade, onde cresceu e iniciou sua vida pública e profissional. Foi rancheiro, juiz de paz, comerciante, chefe político e filantropo, sendo muito conhecido em toda a redondeza.
No ano de 1889, Pio Avellar doou um terreno para a construção do cemitério “São João Batista”, em troca só impôs uma condição: que o cemitério só fosse inaugurado após o seu sepultamento.
Pio Avellar também foi o articulador responsável pela fundação da primeira Loja Maçônica de nossa cidade em 1898. Ao falecer em 5 de novembro de 1900, ou seja, há exatamente 111 anos, foi sepultado no Cemitério São João Batista, onde seus restos mortais estão depositados no obelisco mandado erigir pela Prefeitura em 1947, cumprindo assim seu desejo.
A história não é igual a de Odorico, mas lembra muito. Nossa cidade é cheia destas histórias, mas não temos muitas obras ou registros para mostrar aos jovens, precisamos trazer estes fatos para a mídia a fim de que todos conheçam os primórdios de nosso município. Uma obra que posso citar que conta esta e outras histórias é “Tricordianos Eternos” de Ronaldo Urgel Nogueira.
O objetivo desta crônica não é atribuir características de Odorico a Pio Avellar, e sim homenageá-lo como um dos benfeitores de nosso município, lembra-lo e fazer sua história chegar àqueles que só o conhecem como nome de rua.

Altair Nogueira é publicitário, atual Presidente da Câmara e adora a história de Três Corações. Me siga no twitter: @altair_nogueira

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Tópicos!


Nesta semana queria falar sobre tantas coisas que transformei meu artigo em tópicos de assuntos distintos, mas que considero importante tratar aqui neste espaço. O primeiro tópico que gostaria de compartilhar com meus leitores é minha intolerância com a realização de greves, ainda mais, quando estas greves envolvem professores. Sem nenhuma demagogia e, meus professores podem confirmar isso, sempre adorei estudar e os professores que tive representam exemplos de vida que sigo até hoje, acho que sua importância ainda não foi reconhecida neste país e este reconhecimento já está tardio. Professores deveriam ganhar o teto máximo do funcionalismo público afinal, presidentes, ministros, juízes, médicos, advogados, artistas, cientistas e todas as classes de profissionais passam pelo aprendizado e têm suas primeiras referências na família e nos professores, mas, ao contrário, nossos mestres recebem salários defasados e incompatíveis com a importância de suas funções. Mesmo assim, sou totalmente contrário às greves e paralizações. Aprendi com meus professores que o diálogo e a argumentação embasada são ferramentas eficientes de negociação, mas os líderes sindicais, em especial, os ligados aos partidos de esquerda parecem que faltaram a esta aula e acreditam que a melhor forma de negociar melhores salários é prejudicar o ano letivo de milhares de alunos que não têm culpa de seus interesses político partidários. Não vou alongar a discussão, pois graças a Deus, esta greve, impensada em minha opinião, já acabou e quero parabenizar os professores tricordianos que não aderiram a este movimento e deram continuidade aos seus trabalhos, demonstrando maturidade e dedicação no exercício do magistério. O segundo tópico que quero tratar aqui é fomentar um debate com os jovens de nossa cidade sobre o uso de som automotivo. Acho que esta modalidade de competição tem seus méritos como qualquer outra, mas será que é necessário forçar as demais pessoas a ouvirem aquele barulho ensurdecedor que fazem questão de propagar em seus veículos, passando diante de igrejas, hospitais, lares com idosos e doentes, e mesmo, de residências onde os cidadãos tentam descansar, assistir tv, estudar, ler, conversar com a família e são impedidos por estes tolos que acreditam que seu ato representa status ou outro fator de projeção para as demais pessoas? Quantos bares de nossa cidade já foram fechados por reclamações de vizinhos, até mesmo nosso parque de exposições sofre com denúncias de perturbação e confrontação da lei do silêncio, isto prejudica promotores de eventos e faz com que as pessoas não tenham opções de entretenimento, mas ainda não foram tomadas providências com relação aos imprudentes que circulam pela cidade levando poluição sonora e incômodo à população. Cobrarei providências e espero apoio para coibirmos esta prática em nossa cidade. Meu terceiro tópico se refere à atitude da Ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes que pediu ao CONAR(Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária) para proibir a propaganda estrelada pela lindíssima Gisele Bündchen para divulgar uma famosa marca(agora mais famosa ainda) de lingerie. Peço licença para meus queridos leitores para ter uma conversa reservada com esta ministra (que eu nem sabia que existia pela inoperância de sua pasta): “Prezada ministra, poupe seu emprego, não queira aparecer em cima de uma estrela internacional, a senhora tem outras preocupações para solucionar, quem sabe se gastasse seu tempo conquistando novos postos de trabalho no mercado para as mulheres, criasse um programa de qualificação profissional para as mulheres, promovesse campanhas para afastar as mulheres da criminalidade, do tráfico de drogas e, principalmente, ajudasse na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e da gravidez na adolescência, não permita a vitaliciedade do Bolsa Família para as mulheres de baixa renda, ajude-as em sua emancipação, fiscalize se a Lei Maria da Penha é aplicada nos rincões do nosso país. Siga o exemplo de sua colega Marta Suplicy: Relaxe e goz... Não fique querendo reviver em nosso país os tempos em que, até mesmo nossa Presidenta sentiu na pele, os males da ditadura e da censura. A propaganda é criativa e cômica e sua atitude repressora só ajudou a marca de lingerie a ganhar notoriedade na imprensa e nas redes sociais. Ministra vá trabalhar e deixe os publicitários cuidarem da propaganda, ou logo, terá o destino de colegas seus que meteram os pés pelas mãos e já não constam na lista de ramais da esplanada. Enquanto a senhora assiste propaganda, o Zé Dirceu tenta resgatar a herança maldita de corrupção deixada por Lula para o Governo Dilma, então não me venha com falso moralismo, pois de hipocrisia estamos fartos. Ainda bem que o Clodovil já está em outras esferas senão ele falaria que a senhora tem dor de cotovelo, por não ser esteticamente privilegiada, também não queremos evidenciar seu histórico de simpatizante do MST e das FARC, pois acho que foi apenas uma atitude infeliz de sua parte. Politicamente correto é agir com ética e responsabilidade no serviço público e não ingerência sobre os meios de comunicação. Mãos a obra, ministra, serviço não falta e, se sobrar um tempinho, experimente passar numa loja da marca e fazer umas comprinhas para desestressar.”
Foram só três tópicos e este artigo já ficou muito longo, decidi deixar outros assuntos para a próxima semana, afinal já me estendi demais, mas o importante é termos opinião e não nos omitirmos de emiti-la.

Altair Nogueira é publicitário, presidente da Câmara Municipal e gosta de dar pitaco em tudo. (twitter.com/altair_nogueira)

domingo, 25 de setembro de 2011

Discurso durante a Sessão Solene do Aniversário de Três Corações


Boa Noite a todos!
É com imensa alegria que recebemos a todos na Câmara Municipal de Três Corações, mais conhecida nos últimos temos como a verdadeira “Casa do Povo”, como o “Portal da Cidadania”, desde que adotamos os pilares da Responsabilidade, da Transparência e da Participação Popular.
Nesta Sessão Solene em que comemoramos o aniversário de nossa cidade, cabe aqui pontuar algumas ações que nós do Poder Legislativo estamos tomando com o intuito de nos aproximar de nossa população, facilitar o acesso às informações e tornar, cada vez mais democrática, a participação das pessoas.
Criamos a TV Câmara on line que transmite as sessões ordinárias ao vivo pela internet, disponibilizamos a pauta de todas as sessões através dos meios de comunicação, adotamos o Sistema Legislador onde a população acompanha em tempo real a tramitação dos projetos. Enviamos um veículo para a Prefeitura, disponibilizamos o Portal da Transparência com os gastos públicos, aumentamos significativamente a realização de reuniões temáticas, fóruns, audiências públicas entre outras propostas de fomento à participação popular. Criamos a Escola do Legislativo que está desenvolvendo a Câmara Mirim e o Parlamento Jovem, abrindo espaço e preparando nossas crianças e jovens para o futuro, Quem sabe não saíram destes projetos, nossos vereadores, nossos prefeitos, nossos deputados de amanhã? Os estudantes têm dado verdadeiras aulas de cidadania em nosso plenário. E acreditamos que o futuro de nossa cidade começa aqui.
Com uma atuação marcante, nossos vereadores têm desempenhado suas funções com afinco e dedicação, não só na proposição de leis e na fiscalização, mas também como parceiros do Poder Executivo nas ações que visam o bem estar e a qualidade de vida da população tricordiana.
Cabe aqui salientar a importante parceria com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, com a Câmara dos Deputados, com o Senado e, principalmente, com o Governo do Estado, em suas mais diversas secretarias e, mesmo, diretamente com nosso Governador Antonio Anastasia, que não mede esforços para beneficiar nossa cidade com recursos financeiros e através de convênios, projetos e parcerias que engrandecem nosso município.
Além de tantas ações e conquistas já citadas, conseguimos que o Poder Executivo desapropriasse o terreno ao lado desta Casa Legislativa, para que ainda este ano iniciemos a construção da Escola do Legislativo, do Centro de Atendimento ao Cidadão e de nosso Espaço Cultural que, assim como foi a construção desta sede administrativa, será uma obra moderna, funcional e que certamente estreitará ainda mais nossas relações com os cidadãos tricordianos.
Nossa Três Corações chega aos 127 anos, com uma história rica, cheia de glórias, mas ainda com vigor redobrado para avançar muito mais. Três Corações aquela mesmo das três voltas do rio, a mesma Três Corações de Jacira, Jussara e Moema que conquistaram os corações dos três boiadeiros, a mesma Três Corações de Jesus, Maria e José. A Três Corações da ferrovia que de tão importante recebeu a visita do imperador, a mesma que abriga a única escola de formação de sargentos do exército do país, a mesma da feira de gado que para cá trouxe a 1ª agência do Banco do Brasil do interior e uma das primeiras do país. A mesma Três Corações industrializada com o melhor distrito industrial do Sul de Minas. A mesma terra que foi palco do nascimento do Atleta do Século, do Rei do Futebol, do Embaixador da Copa de 2014 no Brasil, o nosso Dico, Edson Arantes do Nascimento, Pelé.
Podem me chamar de otimista, mas Três Corações é a cidade que mais avança em nossa região e caminha a passos largos para recuperar o espaço que nunca poderia ter perdido em outros tempos.
Hoje homenageamos aqui dezenas de pessoas das mais diversas áreas de atuação que contribuíram para o engrandecimento de nossa Terra. Ainda são poucos, considerando o grande número de pessoas que acredita em nossa terra, que luta dia-a-dia pelo bem de nossa cidade, que se reinventa para dar novos contornos ao município. No sorriso de cada cidadão, sentimos a tricordialidade deste povo feliz, ordeiro, progressista, lutador. Parabéns minha querida Três Corações! Parabéns queridos conterrâneos tricordianos!
Boa Noite e muito obrigado!

sábado, 10 de setembro de 2011

O que é soberania?


Por Altair Nogueira, publicitário, atual presidente da Câmara Municipal

Quando militava na Pastoral da Juventude, muitas vezes empunhamos cartazes pedindo respeito à soberania nacional, muitos de nossos jovens nem sabiam direito do que se tratava, mas também abraçavam a luta. Segundo o dicionário Houaiss, entre tantas outras definições mais complexas, soberania é poder, autoridade, domínio.
No dia 7 de setembro que, na minha opinião, é o dia em que mais nos sentimos seguros no ano todo, pois vemos batalhões inteiros desfilando, exército, polícia militar, polícia civil, agentes penitenciários, bombeiros entre outros, todos com seu aparato bélico e com viaturas majestosas, fiquei imaginando o quanto nossa nação está bem protegida das ameaças externas com tantas forças que se unem para garantir a soberania nacional. Será?
No mesmo feriado, aproveitei para assistir o filme brasileiro Jean Charles que conta a história de um brasileiro, mineiro do interior do estado que ao tentar a vida na Inglaterra como eletricista com apenas 27 anos, é confundido com um terrorista e morre alvejado com 7 tiros na cabeça e 1 no ombro, todos efetuados pelas costas. Em julho, o caso completou 6 anos e nenhum dos policiais envolvidos foi condenado. A família recebeu apenas uma indenização para cobrir despesas funerárias.
Será que se este mesmo caso, tivesse suas personagens mudadas para um norte-americano que vem de férias para o Brasil e ao visitar a Favela da Rocinha para conhecer uma escola de samba, é alvejado por uma bala perdida durante um tiroteio entre traficantes e polícia, como será que seria tratado? Estaria sendo julgado nas cortes internacionais? Os Estados Unidos fariam um embargo comercial ao Brasil ou invadiriam nosso país como fizeram no oriente médio? Será que a impunidade duraria tanto tempo?
Nosso país tem avançado muito, amadurecido, mas precisamos mudar muita coisa ainda para que possamos ser mais respeitados lá fora. Um crime bárbaro, um erro grotesco de quem se diz a melhor polícia do mundo tira a vida de um inocente, mas que por ser brasileiro, “mineirinho” do interior, de família simples, pode ficar esquecido.
Como forma de demonstrar mais claramente ainda seu total desleixo com a situação, no ano passado, o chefe da Scotland Yard na época do assassinato de Jean Charles foi conduzido à Câmara Britânica dos Lordes.
Hoje enquanto a Rainha toma seu chá britânico, o Seu Matosinhos e a Dona Maria, pais de Jean Charles tocam a vida na pequena cidade de Gonzaga, com a dor da saudade de quem um dia cruzou o oceano com o objetivo de ganhar dinheiro e ajudar a família a melhorar de vida.
Neste momento, todos os meios de comunicação de massa estão tratando dos dez anos dos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos e, claro que não queremos comparar incidentes tão diferentes, mas quando se trata dos líderes mundiais, parece que o enfoque é diferente. Não menos importante, também faz aniversário o caso do assassinato do prefeito Toninho do PT, uma queima de arquivo que até hoje não foi resolvido em nosso país.
A luta pela soberania nacional já não está mais em voga até porque depois da era Lula e seus investimentos bilionários em publicidade, nossa população acredita que nosso país desfruta de respeito no cenário internacional e tem status de primeiro mundo. Mas enquanto não tivermos capacidade de valorizar cada cidadão brasileiro e preservar a vida de cada um, nosso país não será um país rico, pois dignidade sempre vem em primeiro lugar.

Me siga no twitter @altair_nogueira

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Copa do mundo, desenvolvimento e marketing.


Alguns podem pensar que por ser palmeirense, esteja querendo atacar os rivais corintianos com esta minha crônica, acreditem não é o objetivo, mas não creio que os 800 milhões de reais que serão investidos na construção do estádio em Itaquera para receber a abertura da Copa do Mundo de 2014, tragam o desenvolvimento necessário para mudar a realidade da população miserável que vive naquela região. Kassab e Alckmin, antes categóricos em não investir no projeto, apenas colaborar com a iniciativa privada, se deixaram levar pelos “clamores” e acabaram cedendo. Clamores de quem? Não me perguntem.
É impressionante, como aparece dinheiro público no país, quase sempre na proximidade de grandes eventos e das eleições. Obras e projetos engavetados durante os três primeiros anos de mandato ressurgem das cinzas para incrementar as propagandas dos governos.
O projeto da copa e das olimpíadas me agrada muito e tenho certeza que diversas obras públicas que já deveriam ser executadas há muitos anos serão feitas. O que me preocupa é que as verbas que antes não existiam aparecem como num passe de mágica e a execução dos projetos é feita às pressas, muitas vezes, em regime de urgência para burlar os órgãos regulares e os processos licitatórios.
Como profissional de comunicação e marketing, sou favorável às campanhas que ressaltam a posição de destaque que nosso país ocupará por sediar estes grandes eventos, ainda mais, quando temos um conterrâneo nosso, cidadão do mundo, atleta do século como garoto propaganda. Sou fã nº1 do Pelé(não fique bravo Nando Ortiz, todo tricordiano é fã nº1 do rei) e vê-lo como embaixador da copa só demonstra a grandeza deste evento, mas é triste saber como empreiteiras, lobistas e políticos corruptos já estão babando para deliciar-se com as fartas verbas emergenciais que serão liberadas nas proximidades do evento para cobrir a inércia dos projetos. Como vemos, apenas Minas Gerais tem cumprido as metas da FIFA na execução das obras. Mas e os investimentos privados, construção de grandes hotéis, parques e outros projetos de entretenimento? E os investimentos em segurança, infraestrutura, aeroportos? Falta muita coisa! Veja o exemplo de nossa cidade que tem uma marca forte e consolidada para desfrutar há tantos anos e, depois de Odilon Resende e José Sobrinho, só agora foram realizados investimentos reais para dotar a cidade de atrativos em torno de nosso Rei Pelé.
Quem sabe se de cada 1 real investido na copa, o governo investisse 1 real em educação pública, seria uma maravilha. Precisamos de governantes que acreditem no poder transformador da educação, somente com formação e qualificação profissional será possível mudar a realidade de nosso país.
Toda vez que a seleção brasileira ganha uma partida, na mesma noite, deputados e senadores aumentam os próprios salários, diminuem investimentos em áreas importantes, aumentam impostos, pois sabem que todos estão comemorando, estão nos bares, fazendo carreatas e batuques e quando percebemos, já foi.
O que será que Manaus fará com o estádio monumental que será construído lá, passada a copa? O que será que usarão para tapar as favelas de diversas cidades próximas aos estádios? Onde será que tantos turistas ficarão hospedados sem uma rede hoteleira preparada? Quem traduzirá os pedidos dos estrangeiros para nossos camelôs e ambulantes já que a maioria da população mal fala o português? Será que estou sendo muito radical, ou será que tenho razão?

Altair Nogueira é publicitário, presidente da Câmara Municipal de Três Corações e ainda acredita que podemos mudar esta realidade. Siga no twitter.com/altair_nogueira

domingo, 24 de julho de 2011

A melhor idade! Será?


Toda pessoa com 60 anos ou mais é considerada idosa. Nosso país há muito deixou de ser um país de jovens para se tornar uma país de idosos, se por um lado o aumento da longevidade representa avanço, por outro demonstra um total despreparo das políticas públicas para esta mudança.
Ao participar da Conferência Municipal dos Direitos dos Idosos, estive pensando nas declarações de nossa promotora pública Dra. Rosângela e do presidente do conselho, o querido amigo Dr. Paulo de Freitas sobre como os idosos, apesar de seu estatuto e de outros direitos assegurados, ainda não goza destes benefícios e, muitas vezes, é agredido verbalmente, fisicamente e em sua dignidade pela própria família.
Hoje, os idosos são usados por familiares inescrupulosos e sem o mínimo caráter como fonte de empréstimos consignados para satisfazer seus desejos consumistas, penalizando-os a ficarem sem seus medicamentos, sem condições dignas de vida. Grande parte dos idosos são os mantenedores de famílias inteiras de desempregados e, muitas vezes, de desocupados, com netos menores de idade que já engravidaram e continuam dependentes de suas aposentadorias. Alguns, para darem conta de tamanha carga acabam voltando a trabalhar para complementar a renda, ou será que você nunca encontrou um “velhinho” catando latinhas pelas madrugadas?
Nosso país tem hoje 20 milhões de idosos, mas ainda não estamos preparados para atender as necessidades destes. Principalmente os serviços públicos estão deixando muito a desejar, especialmente nas questões de transporte e de saúde.
No Brasil, as casas de repouso ainda são poucas e não existe esta cultura entre as pessoas. Aqui mesmo em nossa região só tenho conhecimento de uma na cidade de Itanhandu. Não basta ter um local para receber os idosos desamparados, é preciso ter profissionais qualificados, assistência médica, adaptações estruturais.
Os asilos são uma opção, mas quando são bem administrados por gestores especializados e respeitando as necessidades de infraestrutura para facilitar o dia-a-dia destes.
Mas o que os idosos mais querem além de qualidade de vida é claro, é de serem ouvidos, afinal eles têm muitas histórias prá contar, têm experiência de vida. Eles não querem ser abandonados num canto como se fossem um móvel velho que já não serve mais.
Quando participava da pastoral da juventude, visitava regularmente o asilo de nossa cidade, rezava terço com os idosos, dançava forró, contava piadas, mas o que mais fazia era sentar e ouvir suas histórias, os olhinhos deles até brilhavam contando fatos de um tempo em que sentiam saudades.
No artigo 3º do Estatuto do Idosos temos a seguinte redação: “É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.” Portanto fica claro que é papel de todos nós e não apenas do Estado, vamos assumir nossa parcela de responsabilidade sem ficar responsabilizando o outro pelas falhas.

Temos países como o Japão em que os idosos são respeitados e suas opiniões são seguidas como lei. Os japonese cultuam seus ancestrais e, por consequência, os idosos. Sendo hoje o país com maior número de pessoas centenárias, serve de exemplo para todo o mundo. E que bom será quando atingirmos esta maturidade para tratar nossos idosos com respeito e dignidade.
Pense bem antes de praticar qualquer ato falho com um idoso, pense que amanhã pode ser você. Tenha mais paciência, afinal quando você era pequeno e necessitava de cuidados especiais, eles tiveram paciência com você. Diminua o passo para acompanhar os passos mais lentos deles, assim você poderá passar mais tempo junto e não se arrependerá no futuro. Tire um pouquinho do seu dia, uma vez no mês que seja, para visitar nosso asilo, nosso centro de convivência dos idosos, o NAF e mostrar que você se importa, tenho certeza que não irá se arrepender!

Altair Nogueira é publicitário, Presidente da Câmara Municipal de Três Corações e pela quantidade de cabelos brancos, logo estará velhinho também...

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Sinto vergonha de mim!


Nesta semana recorro ao grande Rui Barbosa para deixar minha mensagem nesta coluna, não encarem como falta de inspiração de minha parte, mas ele conseguiu reunir tudo o que eu queria falar nesta belíssima obra que deixou para a posteridade e, ainda hoje, se faz tão atual. Para o desavisado que não o conhece, Rui Barbosa, advogado, jornalista, jurista, político, diplomata, ensaísta e orador, nasceu em Salvador, BA, em 5 de novembro de 1849, e faleceu em Petrópolis, RJ, em 1º de março de 1923. Membro fundador da Academia, escolheu Evaristo da Veiga como patrono da Cadeira 10 da Academia Brasileira de Letras. Com tantos escândalos logo no início do Governo Dilma, frutos da herança maldita de corrupção deixada por seu antecessor e padrinho político Lula, acho que temos que refletir e participar mais da vida política do nosso país. Muitas pessoas falam e são muito boas para falarem, mas não arregaçam as mangas e dão sua contribuição para a construção de uma sociedade mais justa. Reflita e passe adiante:

Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade"
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre "contestar",
voltar atrás
e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...

Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro!

"De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem- se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
A rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto"

Altair Nogueira é publicitário, presidente da Câmara Municipal de Três Corações. Siga no twitter/altair_nogueira

Impunidade x Menoridade


Já faz algum tempo que queria por o dedo na ferida e acho que chegou a hora. Nossos parlamentares têm discutido certas questões importantes nos últimos tempos, mas o que têm discutido de projetos inúteis ou que visam ditar regras que deveriam ser de autonomia do cidadão e das famílias não é brincadeira! Vejam que absurdo o congresso querer proibir os pais de darem umas palmadas nos filhos. Confesso que nunca apanhei muito de meus pais, mas as poucas chineladas e beliscões que levei me fizeram ficar longe das más companhias e das drogas, não roubar, respeitar as pessoas, entre tantas outras lições que se aprendem em casa e nem sempre somente na conversa.
Os professores, hoje em dia, coitados, não podem nem repreender a "turma do fundão" que podem ser processados por assédio moral, é bullying! Não pode chamar atenção, não pode por de castigo, palmatória nem pensar.
Estão confundindo menoridade com impunidade. Os “de menor” aprontam, assaltam, estupram, matam, traficam, sequestram e não podem ser presos, não são punidos. Diz o Art. 5º do Novo Código Civil – “ A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil." Muito antes disso eles já engravidam, praticam crimes gravíssimos, se desligam completamente da vida familiar. Estes marginais inescrupulosos se utilizam da menoridade para ficarem impunes ao cometerem seus crimes.
Outro dia vi um conhecido marginal preso, rindo na capa do jornal, como se quisesse dizer: “Logo estarei de volta à ativa”. Isso se pudesse dizer né, se é que vocês me entendem. O tal do Conselho Tutelar, e, por favor, não me entendam mal, não estou falando das pessoas que compõe o conselho, eleitas legitimamente, mas da legislação que não lhe dá autonomia em suas atribuições. Muitas vezes conselheiros são ameaçados por pais e mesmo pelos bandidos que se dizem “de menor”. O Conselho Tutelar fica de mãos atadas e não pode tomar providências, ganha fama de inerte. Depois vem a turma dos Direitos Humanos, esta é a pior! Eu sou da teoria do Moacyr Franco – “Direitos humanos para humanos direitos!” Já estou esperando o turbilhão de críticas por esta minha opinião, mas nunca me furtei de falar claramente sobre qualquer assunto e esta é minha impressão sobre estas pessoas que atuam na defesa dos direitos humanos, é sempre a favor do bandido e nunca da pessoa de bem, da família. Correm para a cadeia para verificarem se o assassino está sendo bem tratado, mas não movem uma palha para a família do assassinado. Enquanto nossos legisladores federais discutem projetos sem nenhuma justiça para nossa população, o ECA(Estatuto da Criança e do Adolescente) serve apenas como base para advogados defenderem seus “de menor”. A Lei Maria da Penha, que é uma das leis mais importantes já feitas neste país, graças à luta da D. Maria da Penha, cearense que escapou da morte por duas vezes, mas ficou paraplégica depois de levar um tiro do próprio marido e teve que recorrer à OEA para que nosso país punisse os covardes agressores de mulheres tem funcionado muito bem e acho que está na hora de criar a lei “marinho da penha” para, de alguma maneira, punir estes aproveitadores que se escondem atrás do ECA para aprontar à vontade. Precisamos parar de dizer que os jovens são o futuro do nosso país e encarar que eles são o presente, ou tomamos alguma atitude desde já para frear esta conduta criminosa que se alastrou pelo país ou, futuro, nem nós teremos.

sábado, 18 de junho de 2011

HOMENAGEM A MARIA CÉLIA MACIEL


Minha coluna desta semana já estava pronta quando recebi a triste notícia do falecimento da querida amiga Maria Célia Maciel, “Celinha”. Então decidi deixar meu artigo denominado “Maioridade x Impunidade” para a próxima semana e usar este espaço para prestar uma justa homenagem, que só me arrependo de não ter feito antes, mas mesmo assim acho necessária esta distinção.
Desde que comecei minha caminhada pastoral na Paróquia Sagrada Família, quando nosso pároco era o querido Pe. Tomé, hoje bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, fiz grandes amizades verdadeiras que cultivo até hoje, uma delas foi com a Celinha.
Ainda me lembro bem de quantas noites passávamos reunidos na casa da “Dodora”, com a Alcélia, a Cida Lopes, a Maria Tereza, o Paulo Valadão para preparar as celebrações litúrgicas da matriz. Sempre que havia algum introito ou comentário a ser feito, logo todos apontavam a Celinha, por sua capacidade de síntese, português impecável e conhecimento litúrgico.
A Celinha era uma pessoa maravilhosa, tratava todos com igualdade, com respeito e com um belo sorriso no rosto. Acho que ela não sabia dizer não, pois nunca nos negava nenhum pedido quando era para a obra de Deus.
Reitero que este reconhecimento se fazia necessário em vida, mas como cometi esta falha, não poderia agora me furtar de homenageá-la, pois a Celinha foi minha grande incentivadora no trabalho religioso e social.
Já há algum tempo sem encontrá-la pessoalmente, fiquei surpreso quando minha mãe chegou em casa com um recorte de jornal, dizendo que tinha sido entregue pela Maria Célia. Era uma matéria de um jornal da cidade de São Paulo explicando o significado do nome Altair, uma estrela.
Agora, eu só espero que lá de cima, a Celinha continue guiando meus passos junto de mais alguns anjos da guarda que eu tenho lá no céu. Guiando não só meus passos, mas de tantas e tantas pessoas que ela auxiliou no trabalho pastoral e com sua ação social. A Maria Célia foi um testemunho vivo de fé, de perseverança, de amor ao próximo e, para sempre, seu exemplo servirá para muitas pessoas. Para sempre será uma estrela brilhando como uma bússola a nos guiar.

Altair Nogueira

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Na corda bamba...


A primeira crise política do Governo Dilma aconteceu antes mesmo que os mais vorazes opositores esperavam. Extremamente técnica em suas ações, a Presidenta não tem privilegiado aliados em muitas nomeações, nem liberado as famosas emendas parlamentares que fazem a festa dos deputados e senadores, assim abriu espaço para que a oposição, mesmo enfraquecida, conseguisse mídia para divulgar os erros dos primeiros cem dias de governo.
Para piorar, o poderoso chefão Ministro da Casa Civil Antônio Palocci viu seu assombroso crescimento patrimonial exposto em todos os grandes jornais do país, evidenciando que a maioria de suas receitas foram constituídas durante a transição de governo, num claro indício de enriquecimento ilícito.
Depois disso tudo, a bancada evangélica comandada pelo figurão Deputado Antony Garotinho se juntou ao polêmico Deputado Jair Bolsonaro e encostaram Dilma na parede, ou ela retirava de circulação os kits escolares que falavam sobre homofobia ou Palocci seria convocado a dar explicações no Congresso. Dilma teve que recuar, principalmente depois que viu que os kits mais faziam apologia à homossexualidade do que pregavam igualdade de direitos.
Num ato impensado, Dilma, talvez por sua inexperiência política chamou o pior dos bombeiros para apagar o incêndio, seu mentor e padrinho, o ex-Presidente (e já disse aqui, ex-presidente é ex-presidente) Lula. Foi aí que ficou atestada sua incapacidade de lidar com conflitos e falta de um bom articulador no governo, mesmo com maioria esmagadora no Congresso, Dilma não conseguiu evitar a derrota na votação do Código Florestal e viu que só popularidade não é suficiente para administrar um país e sentiu na pele as agruras da vida pública.
No campo pessoal, a Presidenta tem sua saúde questionada mais uma vez, o que deixa o país e, principalmente os investidores internacionais, apreensivos. Parece que o inferno astral de Dilma está longe de terminar e não vai se extinguir simplesmente pelo lançamento da campanha de combate à miséria, uma das estratégias de marketing para tirá-la do atoleiro, pois com a cabeça de Palocci a prêmio, muita instabilidade ainda aguarda o governo petista, vamos aguardar cenas dos próximos capítulos.

Altair Nogueira é publicitário e presidente da Câmara Municipal de Três Corações(www.twitter.com/altair_nogueira)

sábado, 7 de maio de 2011

Gestão com transparência se faz com comunicação


Desde que assumi a presidência da Câmara Municipal de Três Corações, tenho me empenhado junto dos demais vereadores e contando com os capacitados servidores do legislativo para implementar uma gestão mais próxima da população, com transparência e participação popular.
Como sou formado em Comunicação Social, muitas vezes, podem pensar que temos investido nesta área por gosto pessoal deste presidente, mas nossa principal intenção é usá-la como ferramenta de trabalho já que uma boa gestão pública deve, antes de tudo, ser transparente. Para isso, é necessário que tanto a sociedade como os gestores públicos estejam preparados e dispostos a participar de uma nova forma de governo e de administração do que é público.
Os governos municipais precisam dialogar com a população. Os servidores públicos precisam falar a mesma língua; a população deve ter acesso às informações; as falas e as escutas precisam ser princípios instituídos diariamente nas administrações: o que é público é de todos.
Pensando nisso, levei minha equipe de comunicação para participar junto comigo do 28º Congresso Mineiro de Municípios que discutiu e debateu temas ligados à comunicação, demonstrando através das palestras, oficinas e debates como as ferramentas de comunicação são fundamentais para uma gestão eficiente e moderna.
Nossa Câmara Municipal já era pioneira na implantação do Portal da Transparência e agora sai na frente ao ampliá-lo para facilitar o acesso às informações. Também somos pioneiros nos trabalhos da Escola do Legislativo e agora estaremos, mais uma vez, inovando com a criação do Centro de Atendimento ao Cidadão com apoio da Prefeitura e do Governo de Minas.
Durante o evento também aconteceu a Feira para o Desenvolvimento dos Municípios. Um espaço onde estiveram instituições, empresas e prestadores de serviço, onde pudemos, por exemplo, conversar junto do nosso prefeito com empresas que desenvolvem o projeto da cidade digital, o projeto da mobilidade urbana, projeto esporte na praça entre outros.
Palestrantes gabaritados como Caco Barcelos, Carlos Sandenberg, Manuela Dávila, Marcos Coimbra completaram a grandiosidade do evento trazendo reflexões importantes sobre a gestão pública e a comunicação, lá ficamos sabendo absurdos como a questão do Ministério da Saúde pagar uma verdadeira fortuna em planos de saúde privados para seus servidores mostrando que ele mesmo não confia no serviço gratuito que oferece à população que fica refém do SUS.
Além de proporcionar oportunidade de interagir com os participantes, discutir os rumos, realizar análises, concretizar o diálogo eficaz entre os diferentes fatores que integram a administração pública e fazer contatos com potenciais parceiros e/ou investidores, o 28º Congresso destacou a importância do movimento municipalista, afinal são os municípios os mais penalizados com o aumento da carga tributária e baixo investimento público.

Altair Nogueira é publicitário, presidente da Câmara Municipal de Três Corações e acredita no municipalismo e na comunicação

quarta-feira, 27 de abril de 2011

BULLYING NÃO É BRINCADEIRA


“A luta pela qual (…) eu morrerei não é exclusivamente pelo que é conhecido como bullying.” A frase, retirada do discurso do atirador Wellington de Oliveira, gravado uma semana antes da tragédia do Realengo, confirmou a suspeita de que Wellington teria, sim, sido vítima de bullying. E que teria promovido um massacre na escola onde estudou justamente por ter sido zoado repetidamente por seus colegas naquele lugar.
“O bullying, isoladamente, não pode ser apontado como a causa de uma tragédia como essa. Mas, infelizmente, está entre os principais fatores que levaram Wellingtom a cometer o massacre”, explica Lucia Helena Saavedra, psicóloga e psicopedagoga, membro da Associação Brasileira de Psicopedagogia – seção Rio de Janeiro.
Longe de querer justificar a atitude do assassino, trago, mais uma vez, informações relevantes sobre esta questão que precisa de ações práticas nas escolas e nas famílias para que não fique só na discussão, em detrimento de diversas pessoas que ficam traumatizadas para toda a sua vida.
Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.
"É uma das formas de violência que mais cresce no mundo", afirma Cléo Fante, educadora e autora do livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz (224 págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868 ). Segundo a especialista, o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa.
Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podem apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.
Neste ano, apresentei um projeto de lei que lança medidas preventivas ao bullying nas escolas do município, aprovado por unanimidade pelos vereadores, agora ele segue para sanção do Prefeito. Se virar lei, nossa intenção é arregimentar forças como a Secretaria de Educação, o Conselho Municipal de Educação, o Conselho de Psicologia, o Conselho da Juventude e outros interessados para programar atividades que possam ajudar na disseminação de informações e evitar esta prática danosa em nossa cidade.

Altair Nogueira é publicitário, Presidente da Câmara Municipal de Três Corações e autor do projeto de lei que cria medidas de prevenção ao bullying nas escolas da cidade

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Faça sua parte!


A Campanha da Fraternidade coordenada pela CNBB, neste ano de 2011, tem como tema “Fraternidade e a Vida no Planeta” e como lema “A criação geme em dores de parto”(Rm8,22). Um tema atual e que realmente merece a atenção não só dos católicos como de toda a sociedade.
Como disse Dom Dimas Lara Barbosa, na apresentação da CF/2011: “Em cada catástrofe seja ela terremotos, inundações etc., podemos sentir o planeta gemer, e a humanidade fazendo o mesmo. Este gemido tem uma conotação de tristeza imensa”. Ainda estamos em tempo hábil para reverter esta situação, podendo transformar estes gemidos de dor em gemidos de amor e de esperança. Podemos iniciar um período de gestação e nos organizarmos com ações que ajudem a preservar a nossa casa que é de todos. Esperamos, pois, receber de volta um planeta saudável, onde as pessoas se tornem mais humanas e menos gananciosas, para fazer dele uma centelha do paraíso definitivo.
Muitas pessoas ainda não se conscientizaram que os recursos naturais são finitos, que é a partir do chiclete que eles jogam nas ruas, a embalagem pet que vai para os rios, os plásticos jogados por toda a cidade que os desastres vão se formando. Quando todo aquele lixo invade as casas numa enchente, ninguém se lembra quem foi que depositou todo aquele entulho nas águas. Quando falta água ninguém pensa naquelas horas e horas que ficou molhando a calçada com a mangueira ao invés de varrê-la ou na torneira que ficou aberta enquanto escovava os dentes.
O homem é o grande responsável pelos grandes desastres naturais, ele quem promove queimadas, devasta a floresta, polui o ar, contamina os rios e lençóis freáticos, mata os animais, destrói a camada de ozônio, interfere no clima com suas indústrias e modifica ciclos naturais com sua interferência profana.
Vocês já estão cansados de ouvir esta historinha, mas eu vou repeti-la: “A floresta estava pegando fogo, os bichos fugiam desesperados. Por todo lado havia fogo e destruição. Quando alguns animais passavam desenfreados por um lago, lá estava o beija-flor sugando uma gotinha de água, voava ia até as chamas e atirava a gota d’água lá de cima. Foi quando um dos animais perguntou: -Você acha mesmo que vai apagar o incêndio com esta gota d’água? No que o beija-flor respondeu: - Não, mas eu estou fazendo a minha parte!”
Só posso terminar este artigo fazendo um apelo a você que gosta dos meus artigos, ou mesmo que não goste e lê somente para criticar, mas que gosta da vida, faça sua parte, ajude a preservar a natureza, conserve os recursos naturais, mude seus hábitos, pense no futuro, antes que seja tarde.

Altair Nogueira é publicitário, presidente da Câmara Municipal de Três Corações e faz a sua parte!(www.twitter.com/altair_nogueira)

Dilma, popularidade sem populismo!


Acho que uma de minhas maiores virtudes é reconhecer meus erros, desculpar-me e evitar repeti-los. Durante todo o período eleitoral, cometi o equívoco de, levado pelo partidarismo e, mesmo por uma desconfiança frente ao meu desconhecimento da pessoa da atual presidenta Dilma Roussef, de escrever diversos artigos tentando desqualifica-la e estigmatiza-la com os mais diferentes defeitos. Talvez meu erro tenha sido acreditar que ela não teria vontade própria e seria apenas um fantoche do ex-presidente Lula que, em minha opinião, obteve avanços em seu governo, mas está longe de ser um modelo de gestor. Mas, neste momento impressionado com diversas ações responsáveis e íntegras da atual presidenta sinto-me no dever de dizer que mudei de opinião com relação à Dilma Rousseff.
As mulheres devem orgulhar-se de poder estufar o peito e dizer que a primeira mulher a assumir a presidência é um modelo a ser seguido e os homens devem inspirar-se em seu exemplo, pois muitos, como eu, a criticaram precipitadamente pondo em cheque sua competência e agora são obrigados a reconhecer que, para o bem do nosso país, erraram.
Menos holofotes, menos falação, menos hipocrisia, menos politicagem e populismo. Acho que nunca antes na história deste país tivemos uma gestora tão responsável quanto nossa atual presidenta. E que exemplo de diplomacia ao convidar os ex-presidentas para recepcionar o presidente norte-americano Barack Obama no Brasil, ainda mais, colocando Fernando Henrique Cardoso em sua mesa.
Como os mineiros podem dormir tranquilos ao saber que o governador que mais foi recebido por Dilma Rousseff até o momento foi nosso querido Professor Anastasia. Nossa presidenta e nosso governador dão uma verdadeira lição de que partidarismo não leva a lugar nenhum e depois da eleição o melhor é unir forças pelo bem da população, ainda mais quando se trata de dois bons gestores, técnicos e pautados pelo desenvolvimento responsável.
Quem poderia esperar que Dilma teria uma posição tão firme com relação aos países que não aceitam a democracia. Ela adotou uma postura correta com relação ao Irã e à Líbia e sua política externa já despertou a atenção dos dirigentes das grandes potências.
Suas reuniões ministeriais têm pauta, horário pra começar e pra terminar, o notebook sempre do lado para cobrar metas e resultados de seus subordinados. Não é qualquer gestor público que tem coragem de fazer cortes substanciais no orçamento para garantir o equilíbrio fiscal do país, sem medo de perder popularidade e ela teve. O Fome Zero de Lula foi um fracasso, mas tenho certeza que o programa de erradicação da fome de nossa presidenta será bem sucedido, pois ela sabe o que está fazendo.
Não sei se esta opinião prevalecerá até o fim do mandato, mas reflete o sentimento destes quase 100 dias de governo. Parabéns Presidenta Dilma, desculpe-me por julgá-la antes de conhecê-la e obrigado por governar nosso país com grandeza e hombridade.

Altair Nogueira é publicitário, presidenta da Câmara Municipal de Três Corações e se inspira em gestores como Aécio Neves, Antonio Anastasia e Dilma Roussef(www.twitter.com/Altair_Nogueira)

Drogas, tô fora!

Na vida somos livres para fazer nossas escolhas, mas muitas vezes as pessoas escolhem certos caminhos por falta de informações claras sobre suas opções de escolha.
É inegável o crescimento significativo do uso de drogas no mundo, principalmente o crack que degrada a vida de milhões de pessoas, destrói famílias, financia o crime organizado que mata, seuqestra e conta inclusive com a tolerância de quem deveria tomar providências.
De maneira bem didática é interessante levarmos informações sobre o que são, quais seus efeitos no organismo humano e o reflexo na sociedade. Drogas são substâncias que produzem mudanças nas sensações, no grau de consciência e no estado emocional das pessoas. As alterações causadas por essas substâncias variam de acordo com as características da pessoa que as usa, da droga escolhida, da quantidade, freqüência, expectativas e circunstâncias em que é consumida. Essa definição inclui os produtos ilegais, que chamamos de drogas (cocaína, maconha, crack, ecstasy, heroína), mas também produtos como bebidas alcoólicas, cigarros e vários remédios.
A maconha, inofensiva segundo seus defensores, em doses altas pode gerar confusão mental, paranóia, alucinação, pânico e agitação. O efeito mais comum é a perca da habilidade de raciocínio e memória.

Já a cocaína, extraída das folhas de coca, foi usada no passado como anestésico, mas proibida por seus efeitos fatais. Geralmente vendida em pó pode ser inalada ou injetada. Esta droga causa dependência química e frequentemente leva à overdose, por ser uma substância estimulante muito potente que faz com que o cérebro e o corpo trabalhem com muita intensidade. O coração dispara, a pressão arterial e a temperatura sobem. Quando o efeito da cocaína pára, o corpo está exausto e é muito comum a pessoa sentir-se deprimida. Muitos voltam a usá-la na tentativa de aliviar a exaustão e a depressão com mais cocaína, criando um ciclo vicioso de alto risco. Além disso, é comum a transmissão do vírus HIV por conta da utilização coletiva de seringas.
O crack que está se popularizando em todo o país tem praticamente os mesmo efeitos da cocaína, porém causa dependência rapidamente. Na verdade ele é uma outra forma de preparar a cocaína e chega mais rápido à corrente sanguínea, tornando seus efeitos devastadores. A pedra de crack geralmente é mais barata que o pó da cocaína e atrai os usuários que acreditam estar economizando, mas acabam se entregando ao vício e recorrendo ao crime para comprar a droga.
Além dos efeitos no organismo que incluem doenças pulmonares e cardíacas, sintomas digestivos e alterações na produção e captação de neurotransmissores, existe a questão social onde o usuário fica agressivo, perde a capacidade cognitiva e comportamental, já não tem cuidados com o próprio corpo e a higiene pessoal, não consegue estudar, nem trabalhar, quando o convívio com a família já não se sustenta, passa a viver nas ruas.
Se todos os motivos acima ainda não foram suficientes para convencê-lo de que drogas são um mal a ser enfrentado e evitado de todas as formas, pense em como o tráfico de drogas está totalmente associado à criminalidade, tráfico de armas, assaltos, sequestros, assassinatos entre tantos outros crimes. Quantos inocentes morrem, quantos trabalhadores, pais de família perdem suas vidas para saciar o vício de outros. Quantas crianças com seus sonhos, com uma vida inteira pela frente são adotadas por traficantes e perdem sua infância, perdem a chance de crescer e alcançar seus objetivos.
Eu não consigo entender uma pessoa defender o uso de drogas, mas como estamos numa democracia, que eu defendo acima de tudo, respeito a opinião contraditória aos meus preceitos, mas reitero: Drogas, tô fora! Minha vida é muito importante, meus sonhos precisam ser realizados, o mundo é colorido, é maravilhoso, não preciso de pozinho mágico para viajar, afinal quem lê, viaja, e eu leio muito, todos os dias. Quem vive de verdade, não quer ficar louco, afinal todos já temos um pouco de loucura dentro de nós. Converse com sua família, com seus amigos, professores, se você está entrando nessa, saia enquanto é tempo, procure ajuda e não se entregue, sempre existe uma luz no fim do túnel.

Altair Nogueira é publicitário, atual presidente da Câmara Municipal de Três Corações e tem pavor às drogas.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

O que fazem os ex-presidentes?

Mesmo com as atribuladas funções de meu novo cargo, tento voltar com minha coluna neste espaço já há algum tempo, principalmente pelos constantes apelos daqueles que gostam de minhas explanações, mas somente agora consegui retomar com muita alegria as discussões sobre política, comportamento, cotidiano e outros assuntos que possam trazer questionamentos aos meus leitores.
Assisti no Globo News Documento, um belo trabalho jornalístico do repórter Carlos Monforte com os ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique, comentando o que sentem depois de deixarem o poder.
Considerando que Sarney, Collor e Itamar estão cumprindo mandato como senadores no momento e que, Sarney, em especial, está presente na política nacional há mais de 50 anos, somente FHC não disputou mais cargos eletivos, mas participa ativamente do comando do PSDB, ele afirma que sentiu um certo alívio ao deixar a presidência. Também que a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) é uma das melhores lembranças de seu mandato. E revelou que o é mais duro é “quando você é obrigado a demitir um companheiro".
Sarney não é mais presidente da República, mas continua na presidência do Senado, mesmo com muitos escândalos e denúncias rondando seu legado, ele afirma que sentiu felicidade ao deixar o planalto e afirmou que seu grande erro foi ouvir os economistas e lançar o Plano Cruzado.
Mas o que será que sente um ex-presidente que deixou Brasília de helicóptero, visualizando uma multidão com a cara pintada gritando impeachment. Collor afirma que no dia seguinte era como se o mundo tivesse desabado sobre ele, mas que era destino que ele voltasse ao mundo político. “Quando pedi ao piloto que sobrevoasse um pouco mais sobre a capital e ele me respondeu que não havia combustível suficiente, percebi que não mandava mais nada” concluiu o ex-presidente Collorido.
Muito importante a nobreza de Fernando Henrique em reconhecer que o Brasil está muito melhor hoje do que quando deixou o governo, mas que sem responsabilidade fiscal e com o aparelhamento do estado será impossível chegar ao patamar das 5 grandes potências mundiais.
Itamar fala da importância da educação para que o país possa avançar e chegar ao porte das nações mais desenvolvidas. Também fala sobre a mania de grandeza em alguns projetos que não vislumbram a verdadeira realidade do país, como por exemplo, a criação do trem bala com investimentos altíssimos e a falta de verba para melhorar o transporte rodoviário, ferroviário e aéreo.
“Um ex-presidente é somente um ex-presidente e não deve intervir nas questões governamentais, pode opinar, mas não tem mais poder para tomar qualquer decisão sobre os rumos do país”, afirmou Fernando Henrique.
Muitos acreditam que Lula tentará interferir nas ações da Presidente Dilma nestes 4 anos de governo, mas não parece que ela acatará, já que tem imprimido um modo próprio de governar e, tenho que reconhecer, com muita responsabilidade e pouca falação ao contrário de seu padrinho político. Lula é um mito no Brasil, mas hoje ele é somente um ex-presidente.
Altair Nogueira é publicitário, presidente da Câmara Municipal de Três Corações e logo também será um ex-presidente!