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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O verdadeiro Papai Noel


Depois de algumas semanas sabáticas sem escrever, publico hoje meu último artigo deste ano de 2010. Escrevo com a certeza do dever cumprido. Escrevo com a felicidade de muitos leitores descobertos durante este tempo que me acompanham e gostam do que falo. Escrevo com a consciência tranquila de quem opina com ousadia, sem medo de retaliações e com a independência necessária para manter minha credibilidade diante da opinião pública.
Claro que ao nos aproximarmos das festas de fim de ano, muitos foram os pedidos para que eu falasse sobre o verdadeiro sentido do Natal e do Ano Novo, falasse sobre as expectativas para 2011 e fizesse uma retrospectiva do ano que passou.
Mas desta vez, decidi ignorar estes apelos e homenagear um grande ídolo de todos nós que, mais uma vez, mostra que a palavra SUPERAÇÃO é presente em vários momentos de sua vida. Alguém maior que suas próprias empresas, alguém que realiza o sonho de milhões de pessoas de todo o país. Alguém que faz parte do domingo de todas as famílias brasileiras e é a própria história da televisão brasileira.
O verdadeiro Papai Noel, o verdadeiro herói brasileiro, o homem sorriso da televisão, o Rei Midas da Comunicação, Silvio Santos. Ele premia pessoas durante todo o ano, realiza os desejos das donas de casa, das crianças, das famílias. Assim como macarrão, cerveja e futebol, Silvio Santos faz parte do nosso domingo e seu baú de felicidade parece não ter fim.
Nas roletas premiadas, nas cores e luzes de seu cassino televisivo, Silvio comanda a plateia com maestria, arranca gargalhadas, gritos e gestos com seus bordões tradicionais. Silvio Santos é cult, é brega, é lenda. A cada domingo uma nova emoção, momentos que ficam gravados na memória de quem participa e de quem assiste. Quem quer dinheiro? Quem quer uma casa própria? Quem quer um carro? Quem quer ficar milionário? Quem não gostaria de ser Silvio Santos? O menino pobre, filho de imigrantes que foi camelô e é um exemplo vivo de alguém que ficou milionário, trabalhando honestamente parece o roteiro de um filme, mas é pura realidade.
O atual momento difícil não é diferente de quando passou por problemas de saúde, quando perdeu sua primeira esposa que tinha câncer, quando teve seu atual casamento abalado, quando teve sua irmã e sua filha sequestradas, quando perdeu seu programa na Rede Globo. Todas as barreiras que a vida lhe impôs foram superadas com a mesma facilidade com que comanda os jogos de domingo e rege suas colegas de trabalho. Assim, também temos a certeza de que brevemente suas empresas estarão livres do empréstimo bilionário e ele como a ave fênix renascerá ainda mais vigoroso.
Silvio Santos é o próprio self made man que com carisma e um dom inabalável de vender suas idéias e seus produtos leva felicidade há brasileiros e brasileiras. Ao lado de Lula, Ayrton Senna, Juscelino Kubitschek, Hebe Camargo, Pelé, Beto Carrero, Antônio Ermírio de Morais, ele tem seu lugar no imaginário coletivo como um ídolo a ser seguido.
Apesar de 2010 ter sido um ano difícil para Silvio Santos, ele provou mais uma vez que com esforço, empenho, determinação, ética e responsabilidade é possível superar os obstáculos e nunca desistir, dando um grande exemplo a todos os brasileiros.
Neste mês, especificamente no dia 12, Senor Abravanel completou 80 anos e o homem mais feliz do Brasil, o mesmo que criou a tv mais feliz do Brasil, mostrou que continuará fazendo o Brasil, o país mais feliz do mundo.

Os erros do Serra

O mais triste de perder a eleição é que agora aparecem os mais diversos profetas e especialistas para apontar os erros e os acertos de cada um como se a política fosse uma ciência exta baseada em fórmulas e não a radiografia de uma emoção momentânea, de um estado de espírito, de uma tendência, muitas vezes, impulsionada pelo marketing.
Mesmo assim, arriscarei apontar algumas falhas que percebi na campanha do tucano José Serra, as quais enviei por e-mail para a coordenação de sua campanha durante os últimos meses.
Primeiramente, queiram ou não, os mineiros se sentiram preteridos pelo PSDB, quando a cúpula optou por Serra, sem ao menos concordar com as prévias propostas por nosso ex-governador Aécio Neves. Estas seriam uma inovação histórica em nossa trajetória política, além de uma oportunidade única de percorrer todo o país com um projeto de governo pós-Lula. Assim, Dilma que é mineira, conseguiu cativar a maioria do eleitorado do nosso estado.
A demora no anúncio de quem seria o candidato da oposição enquanto Lula e Dilma viajavam todo o Brasil em franca campanha, dominando todo o noticiário foi outro fator relevante que prejudicou a candidatura de Serra.
Todos sabem das dificuldades de Serra em formar alianças, enquanto em Minas Gerais nada menos que quinze partidos integraram a coligação vitoriosa de Antonio Anastasia graças ao poder aglutinador de Aécio, no âmbito nacional somente o DEM, o PTB e os nanicos PT do B e PMN somaram forças ao PSDB.
A escolha do vice foi outro incidente traumático. Enquanto muitos torciam para que Serra lançasse logo seu nome e convidasse Marina Silva do PV para ser sua vice, muitos desacreditaram a ambientalista que terminou o 1º turno com quase 20 milhões de votos. Também chegaram a divulgar o nome do Senador Álvaro Dias, mas o DEM pressionou e indicou o nome do desconhecido Índio da Costa. O único ponto negativo do vice era este, ser desconhecido, mas o marketing da campanha o deixou ainda mais desconhecido durante todo o processo eleitoral e não soube usar sua imagem jovem, sua postura polêmica, além de ter sido relator do Ficha-Limpa.
O medo de opor-se a Lula também levou Serra a perder votos onde sempre foi mais forte, entre as pessoas com ensino superior e entre os simpatizantes do PSDB. Estes eleitores natos sentiram que Serra também era um candidato da continuidade e optaram por Marina Silva.
Além do que eu considero o maior de todos os erros, esconderam Fernando Henrique Cardoso e não souberam tirar todo o proveito possível dele, quando acordaram já era tarde. Enquanto o senador eleito por São Paulo, Aloysio Nunes utilizou a imagem do ex-presidente em sua campanha e acabou eleito com a maioria absoluta dos votos, só então perceberam que Fernando Henrique tinha derrotado Lula por duas vezes no 1º turno, que todos os avanços do atual governo se deram por conta da sólida base econômica e institucional deixada pelo antecessor. Nem mesmo as privatizações que desoneraram a máquina governamental e universalizaram o acesso das pessoas a bens como o telefone fixo e o celular foram defendidas por Serra e acabaram se tornando bandeira para Dilma bater.
Foram muitos erros como a utilização do discurso religioso durante a campanha e a falta de emoção na hora da propaganda e dos discursos. Mas, agora não adianta apontar erros e se lamentar, temos que torcer para que Dilma forme uma boa equipe e que nosso país continue avançando, afinal se ele vai mau, todos nós pagamos a fatura.
Altair Nogueira é publicitário, vereador e torce pelo Brasil

domingo, 24 de outubro de 2010

Agora o PT mostrou que é do mal


A campanha presidencial atingiu seu ponto mais baixo esta semana no Rio de Janeiro. A agressão ao candidato à presidência pelo PSDB, José Serra demonstrou a verdadeira face dos militantes do PT, eles sim têm feito uma campanha de ódio, uma campanha que tenta dividir o país, que prega a separação de quem está embaixo das fartas asas do poder petista e quem quer um governo sério e comprometido de verdade com o país. Não me importa se ele foi atingido por uma bolinha de papel ou por uma bolinha de chumbo, o que me importa foi a agressão sofrida, uma repórter da Rede Globo também foi atingida, sem contar os diversos militantes feridos. Precisava declarar abertamente meu voto no José Serra por que quero um presidente do bem, alguém que conheço, testado, com mandatos, aprovado nas urnas, com experiência e fé e não alguém que muda de acordo com a ocasião e ainda permite que seus militantes e filiados xinguem, ameacem e agridam quem não se rende às fartas tetas do assistencialismo petista.
Minha colega Vanja Ferreira e eu estamos recebendo muitas ameaças anônimas pela clareza com que defendemos nossas ideias na internet e nos jornais de nossa cidade. Quero agradecer ao Cientista e ao Davi de Souza, editores que permitem nossa livre manifestação democrática e pacífica em seus informativos. Nós temos opinião e assinamos embaixo, não ficamos nos escondendo atrás de cartinhas anônimas que são a arma dos covardes e mentirosos. Fico feliz por poder, mesmo que temendo a agressividade dos opositores, declarar minhas preferências e tratar os mais diversos temas com independência, ao contrário da política que o PT prega de controle da mídia e da imprensa para impedir que pessoas como nós possam iluminar as mentes e desvendar as armadilhas da propaganda que vende a imagem de um Brasil cor de rosa que não existe, o Brasil está no vermelho de tanto ódio pregado por esta corrente que tem fome de cargos e poder, mas tenho certeza que o verde da esperança, o amarelo do sol que resplandece sobre este povo lutador e o azul de nossas águas plácidas que banham a alma dos que confiam no amanhã irão prevalecer sobre os interesses escusos desta elite de corrupção que se entranhou no governo.
Parabéns Presidente Lula! Vossa Excelência conquistou o poder com a força do povo, com sua história de vida! Parabéns Presidente Fernando Henrique! Vossa Excelência conquistou o poder com seus méritos, com sua história de vida! Parabéns Presidente Itamar Franco! Vossa Excelência conquistou o poder num dos momentos mais difíceis da história por sua decência, com sua história de vida! Mas se todos foram assim, por que esta senhora quer chegar ao poder sem ter uma história de vida, sem méritos, simplesmente por fome de poder. Jamais apoiarei uma campanha que inflama seus simpatizantes, muitas vezes pagos pelos caixas sindicais contra outras pessoas que pensam diferente. Tenho medo da volta do Zé Dirceu, aquele que comandou o mensalão e foi chamado pelo Procurador Geral da República de “o chefe da quadrilha”. Além disso, não comungo dos ideiais, se é que podemos chamar assim, de Erenice, Maluf, Sarney, Collor, MST, FARCs, Evo Morales, Hugo Chavez, Fidel Castro, Ahmadinejad?

Altair Nogueira é publicitário, vereador e do bem, sempre do bem!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A onda agora é verde-amarela!


Depois da onda verde que fez Marina subir e levar a eleição para o 2º turno, agora a onda é verde-amarela. José Serra que estava desacreditado tenta unir o partido que sai fortalecido destas eleições com nomes como Aécio Neves, Anastasia, Geraldo Alckmin, Beto Richa e Aloysio Nunes vencedores. Também é importante saber aproveitar a juventude e boa articulação do vice Índio da Costa, deputado federal relator do Projeto Ficha Limpa no congresso. E seguindo o exemplo vitorioso de Aloysio Nunes em São Paulo, vamos desmistificar Lula e seu messianismo, mostrando aos eleitores que o sucesso do atual presidente em todas as áreas, deve-se unicamente ao prosseguimento da política econômica e desenvolvimentista do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que criou o Plano Real, saneou as dívidas, equilibrou a economia, implementou projetos de resultados e a meritocracia.
Antes de Fernando Henrique Cardoso, só os ricos comiam franguinho, só os ricos tinham telefone fixo, celular então nem pensar, as empresas governamentais só davam prejuízos e faziam o estado investir pesadas somas de recursos públicos para mantê-las. A população não tinha acesso a medicamentos de alto custo e os genéricos não existiam. O Brasil era motivo de piada no exterior antes de FHC mostrar que seu governo era pautado em planejamento e resultados. Um presidente reconhecido pelo mundo e pela história como um dos grandes estadistas do século.
Três Corações e o Sul de Minas provaram que têm uma grande maioria de eleitores conscientes, e por aqui não aceitamos palhaçadas na política, voto de protesto aqui é escolhendo o melhor e mais capacitado nome. Não aceitamos palpites externos à nossa vontade. Votar em qualquer um, somente pela amizade, por troca de favores ou por propaganda nunca nem será a melhor opção, sempre é bom apostar nos mais qualificados, preparados, competentes e que tenham serviço prestado pela comunidade.
A expressiva votação de Aécio Neves e Antonio Anastasia demonstra o desejo de continuidade ao projeto sério que através do “Choque de Gestão” e do “Estado para Resultados” levou Minas Gerais ao topo dos indicadores de desenvolvimento na educação, na geração de empregos, no desenvolvimento social, na saúde e demais áreas.
Não concordo que nossa cidade tenha ficado órfã na Assembleia Legislativa ou na Câmara Federal, simplesmente o ego dos aventureiros falou mais alto e impediu a união em torno dos dois nomes que realmente tinham chance de se eleger – Dr. Cláudio e Luiz Vilela – candidatos que tiveram 30 mil e 21 mil votos respectivamente. Mas os eleitos devem ser procurados para ajudar nosso município, também devemos aproveitar os vínculos familiares e de amizade do nosso governador com nossa cidade para trazer benefícios para cá. Quem sabe agora fique a lição para que não tenhamos 10 candidatos a prefeito em nossa próxima eleição. Quem já foi prefeito é hora de se aposentar, nossa cidade tem demonstrado que quer novidade, quer um jeito novo de fazer política, continuem quietinhos onde estão e deixem sangue novo correr na política tricordiana e aqueles que sempre têm atingido o mesmo nível em torno dos 3 mil votos também está na hora de parar, saber a hora de parar é uma virtude muito importante no ser humano, vamos exercê-la.
Aos poucos a população tem escolhido candidaturas de pessoas realmente preparadas, como nosso governador Anastasia. Candidatos com as mãos limpas, com sensibilidade e com capacidade para construir soluções viáveis para os problemas de nossa sociedade.
Já temos novas lideranças despontando em nossa cidade, isso é muito bom e merece ser considerado pela população. Para a cidade mudar é preciso que a mudança comece dentro de cada um de nós. Tenho certeza que esta eleição já deu o tom da campanha municipal em 2012, ou renovamos, ou renovamos!

Altair Nogueira é publicitário, vereador e agradece o apoio dos tricordianos para as candidaturas vitoriosas de Anastasia, Aécio e Itamar

domingo, 26 de setembro de 2010

No 2º turno a coisa muda!


Não que eu esteja sem inspiração nas últimas semanas, mas por dever cívico de defender meu país, tenho republicado neste espaço, reflexões acerca das eleições 2010. Nesta semana não poderia deixar de encerrar com este editorial do jornal O Estado de São Paulo que traduz bem meu sentimento nestas eleições. Nosso estado de Minas Gerais está se mostrando maduro o bastante para escolher seus candidatos a partir de argumentos e propostas e não aceitando imposições externas com interesses daqueles que nunca estiveram ao nosso lado e não conhecem o sentimento mineiro. Lula tenta eleger seu candidato em Minas usando todos os artifícios possíveis e tentando esconder a crise que quase quebrou os Correios. Desvios, corrupção, má gestão, não é o que queremos aqui. Agora que o barco está afundando, ele ainda tenta eleger um senador que possivelmente será içado para um ministério se sua candidata ganhar, deixando um suplente que ninguém sabe quem é, não é isso que queremos para Minas. E para o Brasil, o que queremos, alguém que já conhecemos a biografia ou uma candidata imposta? O jornal O Estado de São Paulo se posiciona claramente nestas linhas que transcrevo aqui e assino embaixo:
“A acusação do presidente da República de que a Imprensa “se comporta como um partido político” é obviamente extensiva a este jornal. Lula, que tem o mau hábito de perder a compostura quando é contrariado, tem também todo o direito de não estar gostando da cobertura que o Estado, como quase todos os órgãos de imprensa, tem dado à escandalosa deterioração moral do governo que preside.
E muito menos lhe serão agradáveis as opiniões sobre esse assunto diariamente manifestadas nesta página editorial. Mas ele está enganado. Há uma enorme diferença entre “se comportar como um partido político” e tomar partido numa disputa eleitoral em que estão em jogo valores essenciais ao aprimoramento se não à própria sobrevivência da democracia neste país.
Com todo o peso da responsabilidade à qual nunca se subtraiu em 135 anos de lutas, o Estado apoia a candidatura de José Serra à Presidência da República, e não apenas pelos méritos do candidato, por seu currículo exemplar de homem público e pelo que ele pode representar para a recondução do País ao desenvolvimento econômico e social pautado por valores éticos. O apoio deve-se também à convicção de que o candidato Serra é o que tem melhor possibilidade de evitar um grande mal para o País.
Efetivamente, não bastasse o embuste do “nunca antes”, agora o dono do PT passou a investir pesado na empulhação de que a Imprensa denuncia a corrupção que degrada seu governo por motivos partidários. O presidente Lula tem, como se vê, outro mau hábito: julgar os outros por si. Quem age em função de interesse partidário é quem se transformou de presidente de todos os brasileiros em chefe de uma facção que tanto mais sectária se torna quanto mais se apaixona pelo poder.
É quem é o responsável pela invenção de uma candidata para representá-lo no pleito presidencial e, se eleita, segurar o lugar do chefão e garantir o bem-estar da companheirada. É sobre essa perspectiva tão grave e ameaçadora que os eleitores precisam refletir.
O que estará em jogo, no dia 3 de outubro, não é apenas a continuidade de um projeto de crescimento econômico com a distribuição de dividendos sociais. Isso todos os candidatos prometem e têm condições de fazer. O que o eleitor decidirá de mais importante é se deixará a máquina do Estado nas mãos de quem trata o governo e o seu partido como se fossem uma coisa só, submetendo o interesse coletivo aos interesses de sua facção.
Não precisava ser assim. Luiz Inácio Lula da Silva está chegando ao final de seus dois mandatos com níveis de popularidade sem precedentes, alavancados por realizações das quais ele e todos os brasileiros podem se orgulhar, tanto no prosseguimento e aceleração da ingente tarefa – iniciada nos governos de Itamar Franco e Fernando Henrique – de promover o desenvolvimento econômico quanto na ampliação dos programas que têm permitido a incorporação de milhões de brasileiros a condições materiais de vida minimamente compatíveis com as exigências da dignidade humana.
Sob esses aspectos o Brasil evoluiu e é hoje, sem sombra de dúvida, um país melhor. Mas essa é uma obra incompleta. Pior, uma construção que se desenvolveu paralelamente a tentativas quase sempre bem-sucedidas de desconstrução de um edifício institucional democrático historicamente frágil no Brasil, mas indispensável para a consolidação, em qualquer parte, de qualquer processo de desenvolvimento de que o homem seja sujeito e não mero objeto.
Se a política é a arte de aliar meios a fins, Lula e seu entorno primam pela escolha dos piores meios para atingir seu fim precípuo: manter-se no poder. Para isso vale tudo: alianças espúrias, corrupção dos agentes políticos, tráfico de influência, mistificação e, inclusive, o solapamento das instituições sobre as quais repousa a democracia – a começar pelo Congresso.
E o que dizer da postura nada edificante de um chefe de Estado que despreza a liturgia que sua investidura exige e se entrega descontroladamente ao desmando e à autoglorificação? Este é o “cara”. Esta é a mentalidade que hipnotiza os brasileiros. Este é o grande mau exemplo que permite a qualquer um se perguntar: “Se ele pode ignorar as instituições e atropelar as leis, por que não eu?”
Este é o mal a evitar.”

Altair Nogueira é publicitário, vereador e vota para chegarmos ao 2º turno

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Pense bem antes de votar!


Como prometido na semana passada, estarei publicando uma síntese do pronunciamento do Pastor Paschoal Piragine Jr da 1ª Igreja Batista de Curitiba que pode nos ajudar muito a refletir sobre a atual situação do nosso país e rever certos conceitos. Também não posso deixar de citar o espetáculo com Nany People no Teatro da ESA, onde ela usa de sua irreverência para nos alertar sobre os perigos de vender nosso voto com as bolsas da vida. Leia e reflita e na semana que vem tem mais:
"A Palavra de Deus usa uma expressão, que às vezes a gente lê e não entende muito o sentido dela. A palavra é iniquidade. O que é iniquidade? É quando a gente está tão acostumado ao pecado, que não tem mais vergonha de cometê-lo; e ele passa a ser algo tremendamente natural em nossa vida.
A Bíblia diz que quando a iniquidade chega, o coração do homem está tão endurecido, que ele não se envergonha mais do pecado, não pode reconhecer que determinada ação é pecado, é tempo de Deus julgar a sua terra, o seu povo, uma nação.
Nunca precisei dizer isto antes. Eu quero dizer para vocês que nós precisamos tomar muito cuidado com essas eleições que vão acontecer. Porque há uma série de leis que estão tramitando que vão depender do voto do deputado federal, que vão depender do voto do senador que vão ser incorporadas pela ação da máquina estatal através da Presidência da República.
Nós precisamos de valores cristãos trabalhando nesses contextos. Por causa disso está havendo no Brasil um movimento, que eu faço parte, graças a Deus, de líderes cristãos, de várias denominações, evangélicos e católicos que estão trabalhando para impedir que a iniquidade seja institucionalizada na forma de lei.
Por isso alguns pastores têm se posicionado firmemente no rádio e na televisão com suas Igrejas e também a CNBB - Conferência Nacional de Bispos do Brasil nessa última semana escreveu um documento e publicou e lançou na mão de toda a imprensa se posicionando com relação a este assunto.
Vou pedir que você assista um vídeo de alguns minutos que fala desses problemas: (pedofilia, infanticídio indígena, legalização do aborto, controle da imprensa, etc), de como nós precisamos levar isso a sério, por tudo isso que vai passar no vídeo é iniquidade institucionalizada, e nós precisamos nos posicionar e dizer que não queremos isso em nossa nação, e vamos procurar pessoas que nos representem e dizer que nós queremos votar contra essas coisas, porque caso contrario a iniquidade será oficializada, Deus não terá outra coisa a fazer senão julgar a nossa terra.”
Pense bem antes de votar, tem gente que tenta se passar por aquilo que não é. Quem assistiu ao debate promovido pelas tvs católicas (Canção Nova, Rede Vida, Tv Aparecida, Tv Século 21) viu as opiniões sobre temas polêmicos de Marina Silva, Plínio de Arruda Sampaio e José Serra, mas teve alguém que não foi, pois não pode falar sobre certas coisas, afinal quem elegeria alguém que não acredita em Deus e que defende leis contra a vida humana?

Altair Nogueira é vereador, publicitário e pensa bem antes de votar!

domingo, 12 de setembro de 2010

Um político de ficha limpa


Não costumo republicar artigos de outros autores neste espaço, mas abro hoje uma exceção para levar ao conhecimento de meus leitores, um texto do Arcebispo de São Paulo, Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer. Acho que o momento é de discussão política, afinal o futuro do nosso país e do nosso estado está em jogo e temos que refletir muito bem qual o caminho que tomaremos para decidir com precisão, à luz da fé e com discernimento. Segue então, na íntegra, esta bela reflexão que deve chegar ao conhecimento de todos.

“A campanha em favor da “ficha limpa” mobilizou, em todo o Brasil, milhões de pessoas que acreditaram na possibilidade da decência e da ética na política. Em Brasília houve quem apostou que seria mais fácil a vaca voar do que esse projeto de lei de iniciativa popular passar pelo Congresso Nacional. Surpresa! A vaca não voou, mas o projeto passou, a lei já foi sancionada e está em vigor. Agora é vigiar e clamar pela sua aplicação correta. O País agradece a tantos cidadãos que se empenharam para barrar, antes das urnas, pretendentes a mandatos políticos que não podem ostentar idoneidade moral para governar ou legislar. Será bom para o Brasil. Muito bom.

Mas, sejamos justos. Nem todos os políticos foram ou são “fichas sujas”. Muitos desempenharam com dignidade e grandeza a sua missão. No passado e no presente. Quero lembrar um deles, Tomás Morus, um político inglês. Não é que faltem exemplos também entre nós, mas porque esse é emblemático. Nasceu em Londres, em 1478; estudou Direito em Oxford, casou, teve 3 filhas e um filho. Homem de vasta cultura, amigo de notáveis protagonistas do Renascimento, escreveu vários livros sobre a arte de governar e em defesa da religião - era católico fervoroso. Em 1504 foi eleito para o Parlamento e o rei Henrique VIII confiou-lhe importantes missões diplomáticas e comerciais; chegou a ser membro do Conselho da Coroa, vice-tesoureiro do Reino e, em 1523, presidente da Câmara dos Comuns. Em 1529 foi nomeado chanceler de Sua Majestade.

Quando o soberano, não atendido pelo papa em sua pretensão de divórcio, resolveu ser, ele mesmo, o chefe na Igreja da Inglaterra, separando-a de Roma, o fiel chanceler começou a ter problemas. Não aprovando a ingerência do rei na Igreja e não aderindo à sua política discriminatória contra os católicos, Tomás Morus renunciou ao cargo e retirou-se da vida pública, para sofrer, com sua família, o ostracismo e a pobreza. Foi encarcerado na Torre de Londres e submetido a várias formas de pressão para prestar juramento de fidelidade ao rei. Preferiu permanecer fiel à sua consciência e, com firmeza, denunciou no tribunal o despotismo do soberano. Condenado à morte por “infidelidade ao rei”, foi decapitado no dia 6 de julho de 1535.

Da prisão, escreveu à filha Margarida: “Fica tranquila, minha filha, e não te preocupes com o que possa me acontecer neste mundo. (...) Até agora, Deus me deu a graça de tudo desprezar, do fundo do coração – riquezas, rendimentos e a própria vida – ao invés de jurar contra minha consciência”. E manteve esta posição com serena firmeza. Não traiu a consciência por vantagens, poder, riquezas, prestígio, nem passou por cima da verdade e da decência, mesmo para salvar a própria vida. Permaneceu “ficha limpa”, sabendo que isso lhe custava a cabeça. Literalmente.

Em 1935, quatro séculos depois de seu martírio, o papa Pio XI declarou-o “santo” e, no ano 2000, João Paulo II proclamou-o patrono dos governantes e políticos. De fato, vários chefes de Estado e de Governo, numerosos dirigentes políticos, além de Conferências Episcopais, haviam apresentado sugestão ao papa, nesse sentido. Tomás Morus foi um político comprometido com a verdade e com os valores éticos. O que mais impressiona nesse grande homem público é a retidão e a inflexível fidelidade à própria consciência. Colaborou com a Autoridade e as instituições, enquanto eram legítimas; exerceu o poder na medida da justiça, como serviço ao povo e a seu país. Mas sua grande firmeza de caráter e sua sólida estatura moral não lhe permitiram cair na tentação de usar o poder para sua vantagem e ganhos pessoais. Colocou sua atuação pública ao serviço dos mais pobres e desprotegidos, promoveu a paz social, a educação integral da juventude, a defesa da pessoa e da família. Diante das lisonjas do poder, das honrarias e das riquezas, conservou uma serena jovialidade, inspirada no sensato conhecimento da natureza humana e da futilidade do sucesso. Manteve o bom humor, mesmo diante da iminência da morte.

Tomás Morus harmonizou, de forma extraordinária, sua intensa vida pública com suas convicções interiores. Um bom político, de fato, não pode separar-se da verdade, nem dissociar sua ação da moral. A dignidade dos homens públicos é certificada por uma boa consciência. Como explicar, diante do povo, vantagens desonestas, sem afundar ainda mais no charco da mentira e da desonestidade? A vida de Tomás Morus é um belo exemplo de ética na política. Coisas que ficaram no passado? Não creio. É o mesmo anseio manifestado, ainda hoje, pelos milhões de brasileiros que apoiaram o projeto de lei de iniciativa popular “ficha limpa”. O futuro confirmará, com toda a certeza, que esta lei terá contribuído muito para melhorar o nível ético da política brasileira.

Estamos num ano eleitoral e o povo brasileiro é convidado, mais uma vez, a fazer um discernimento acurado sobre candidatos e partidos, para escolher e votar. Esta é mais uma boa chance dos cidadãos para deixar claro quais rumos querem ver na política do nosso País. Tomás Morus tem algo a ensinar e nos lembra, sobretudo, que a verdade e a ética são inegociáveis. Não têm preço. Também alerta que a corrupção da consciência é uma vilania que pode levar ao despotismo e às maiores injustiças. Com freqüência, clama-se por reformas profundas para melhorar a política do País e elas, certamente, são necessárias. Porém, mais necessários ainda, na condução da vida política de um povo são os políticos íntegros. Chegou a hora de conhecê-los e de votar neles.”

Na próxima semana trago uma nova reflexão para nos ajudar a contextualizar o momento político, desta vez do Pastor Paschoal Piragine Jr da Igreja Batista de Curitiba. Até a próxima.

Altair Nogueira é publicitário, vereador em Três Corações e acha que política é coisa séria

domingo, 5 de setembro de 2010

Dilma e os aloprados e a filha do Serra


Parece que assim como em 2006, quando pessoas ligadas ao PT, que o próprio Lula apelidou de aloprados, mais uma vez, outro grupo de aloprados tenta passar por cima das leis para prejudicar o adversário.
Também é bom lembrar toda a baixaria que povoou a disputa eleitoral de 1989, quando Collor usou a filha de Lula para atacá-lo, agora em atitude semelhante, atacam Serra ao quebrar o sigilo do imposto de renda de sua filha com procuração falsa.
Em 2006, as imagens dos milhões usados para comprar um dossiê falso contra José Serra chocou a população e, juntando-se ao fato de Lula fugir do debate, levou Geraldo Alckmin para o 2º turno com grande votação.
Não sei se as pessoas já se deram conta do crime gravíssimo cometido pelos funcionários da Receita Federal sabe-se lá a pedido de quem. Quem seriam os beneficiados? A quem interessaria prejudicar José Serra? O povo não é bobo, mas talvez ainda nem tenha entendido bem o que se passa neste momento, mas pode estar aí o início da virada de Serra sobre a candidata Dilma que apesar de todo o marketing aplicado a sua campanha, não tem como esconder para sempre aliados como Collor, Renan Calheiros, José Sarney, José Dirceu, entre tantos outros ligados a escândalos de corrupção como o mensalão.
Eleição é sempre uma caixinha de surpresas e nem sempre aquilo que parece é, vejam no caso de Minas Gerais, Hélio Costa disputa pela terceira vez o governo do estado, tem o apoio do Lula, tem o Duda Mendonça(que aliás também é réu no processo do mensalão) e sempre esteve acima dos 40% nas pesquisas chegando a ter 20 pontos de vantagem de Antonio Anastasia, o atual governador que conta com o apoio de Aécio Neves, porém numa virada espetacular, Anastasia saiu de 17% e chegou a 35% das intenções de voto e cresce em ritmo acelerado com grandes chances de ganhar as eleições no 1º turno. Já Hélio está em queda livre nas pesquisas.
Tanto Lula quanto Aécio desmentiram uma tese de que voto não se transfere e levaram Dilma e Anastasia respectivamente à liderança das pesquisas. Mas talvez a mancha de aliados e este escândalo de quebra de sigilo, assim como já havia acontecido com o caseiro de Palocci, possa tirar a vitória de Lula do 1º turno e fazê-lo trabalhar um pouco mais para eleger sua sucessora, já em Minas, a diferença está justamente aí, Anastasia é professor, servidor público técnico, que tem ficha limpa e pode se tornar, ao lado de Geraldo Alckmin e Aécio Neves, uma das principais lideranças do PSDB no país.

Altair Nogueira é publicitário, vereador em Três Corações e como bom mineiro, analisa até o fim para votar certo.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A crackolândia se espalhou pelo Brasil


Talvez os mais novos não se lembrem de uma região da capital paulista que era chamada de Crackolândia, onde os dependentes químicos se amontoavam nas ruas em total desordem. Era um ambiente horrível, sujo, onde a criminalidade corria solta. Aos poucos o município e o estado se uniram para revitalizar aquela área e hoje a realidade é diferente, o local ficou limpo, bonito, arborizado, mas não pensem que os usuários de crack deixaram o vício, eles apenas mudaram de região e se espalharam por outras e pelo Brasil afora.
Não gosto de repetir temas em meus artigos, mas esta é a quinta vez que escrevo falando sobre os males causados pelo crack em nossos jovens. O crack está se espalhando pela sociedade, degradando famílias e destruindo pessoas e não tem sido feito nada de efetivo para mudar esta realidade.
O tema se tornou tão importante que dominou o cenário político e tanto Serra quanto Dilma têm propostas específicas para tentar minimizar a ação de traficantes em nosso país. Já se entendeu que um dos pontos mais importantes de um plano de governo será como lidar com as drogas e sua crescente penetração em todas as camadas da sociedade, principalmente nas mais pobres.
Mesmo que você nunca tenha visto um usuário de crack em nossa cidade, pode ter certeza que eles existem e não são poucos. Você não os vê, pois eles estão escondidos nas sombras, nos becos, nas valas e vão se auto-destruindo aos poucos sem perceberem e sem a ajuda de ninguém.
Posso até estar falando para as paredes, mas não deixarei de lutar contra esta vergonha que se espalhou pelo país. Temos que denunciar o avanço de todas as drogas, mas principalmente desta que é a mais mortal delas. O crack se alastra porque é uma droga barata e mais viciante (e devastadora) que as outras. Drogas como maconha, cocaína e LSD foram ícones de uma época - chegaram às ruas quase como um passaporte de entrada obrigatório para certos círculos sociais, principalmente nos anos 70 (maconha) e 80 (cocaína). Já o crack nunca teve glamour. Não podemos continuar reféns de uma sociedade onde a droga não é discutida nas escolas, nas igrejas e nas famílias(aquelas poucas que ainda resistem).Ou tomamos uma atitude drástica para conter esta praga que se abateu sob nossas comunidades ou nos entregamos de vez ao domínio da morte.

Altair Nogueira é publicitário, vereador e contra as drogas

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Educação: o maior patrimônio que já existiu!

Não canso de repetir que o maior patrimônio de uma pessoa é a educação, é o conhecimento. Quando vejo que ainda estamos longe de chegar a um patamar aceitável de valorização dos professores e demais profissionais da educação, bem como de levar estrutura às escolas públicas e universalizar, de verdade, o ensino, fico triste.
Muita propaganda é o que se vê, mas a verdade é que bolsa família dá muito mais voto que educação. Para muitos, deixar a população analfabeta, mas com a barriga cheia é uma forma eficaz de ganhar votos nas eleições, já a educação pode ser perigosa para políticos desonestos, pois ela liberta as pessoas das garras da desinformação.
Quando o bolsa família foi criado pelo então Presidente Fernando Henrique Cardoso e se chamava bolsa escola, as famílias recebiam uma ajuda de custo para tirar seus filhos do trabalho infantil e levá-los à escola. Hoje muitos abandonam até o trabalho para viver por conta do benefício e o governo de orgulha a cada ampliação do número de famílias atendidas, quando este deveria ser temporário, se torna vitalício.
Digo e repito, precisamos mudar esta realidade. Vamos nos inspirar em pessoas como o Senador Cristovão Buarque que dedica toda uma vida a lutar pela melhoria da educação no país. Educação não é só construir escolas, isto é fácil, precisamos construir cidadãos, construir uma rede real de ensino que forme integralmente o aluno.
Já avançamos muito é verdade, mas é preciso investir mais. Educação é a única salvação para qualquer país, qualificação profissional, formação moral. O ensino médio do nosso país está falido, precisamos investir em ensino médio/profissionalizante, cursos técnicos para permitir que nossos jovens tenham currículo para entrarem no mercado de trabalho e com seu próprio suor desenvolver suas carreiras, se especializar, cursar universidade.
Não nos inspiremos em exemplos raros de uma ou outra figura que venceu na vida mesmo sem estudo, pois o raio dificilmente cai no mesmo lugar. Vamos nos inspirar nos grandes líderes mundiais, nos cientistas, nos médicos, nos religiosos, nos engenheiros, nos professores, nos empresários, nos economistas e tantos outros que venceram, pois tiveram base familiar e educação de qualidade.

Altair Nogueira é publicitário, vereador e acredita no poder libertador da educação

Educação: o maior patrimônio que já existiu!

Não canso de repetir que o maior patrimônio de uma pessoa é a educação, é o conhecimento. Quando vejo que ainda estamos longe de chegar a um patamar aceitável de valorização dos professores e demais profissionais da educação, bem como de levar estrutura às escolas públicas e universalizar, de verdade, o ensino, fico triste.
Muita propaganda é o que se vê, mas a verdade é que bolsa família dá muito mais voto que educação. Para muitos, deixar a população analfabeta, mas com a barriga cheia é uma forma eficaz de ganhar votos nas eleições, já a educação pode ser perigosa para políticos desonestos, pois ela liberta as pessoas das garras da desinformação.
Quando o bolsa família foi criado pelo então Presidente Fernando Henrique Cardoso e se chamava bolsa escola, as famílias recebiam uma ajuda de custo para tirar seus filhos do trabalho infantil e levá-los à escola. Hoje muitos abandonam até o trabalho para viver por conta do benefício e o governo de orgulha a cada ampliação do número de famílias atendidas, quando este deveria ser temporário, se torna vitalício.
Digo e repito, precisamos mudar esta realidade. Vamos nos inspirar em pessoas como o Senador Cristovão Buarque que dedica toda uma vida a lutar pela melhoria da educação no país. Educação não é só construir escolas, isto é fácil, precisamos construir cidadãos, construir uma rede real de ensino que forme integralmente o aluno.
Já avançamos muito é verdade, mas é preciso investir mais. Educação é a única salvação para qualquer país, qualificação profissional, formação moral. O ensino médio do nosso país está falido, precisamos investir em ensino médio/profissionalizante, cursos técnicos para permitir que nossos jovens tenham currículo para entrarem no mercado de trabalho e com seu próprio suor desenvolver suas carreiras, se especializar, cursar universidade.
Não nos inspiremos em exemplos raros de uma ou outra figura que venceu na vida mesmo sem estudo, pois o raio dificilmente cai no mesmo lugar. Vamos nos inspirar nos grandes líderes mundiais, nos cientistas, nos médicos, nos religiosos, nos engenheiros, nos professores, nos empresários, nos economistas e tantos outros que venceram, pois tiveram base familiar e educação de qualidade.

Altair Nogueira é publicitário, vereador e acredita no poder libertador da educação

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Os mistérios da campanha eleitoral...

Agora é prá valer, vão começar os programas de TV nesta próxima terça-feira, dia 17 de agosto e muita coisa vai mudar, pois o poder de influência da mídia vai tomar conta da campanha eleitoral. Apesar de que a internet tem tomado espaço e já se relaciona diretamente com o eleitorado através de e-mails, vídeos, sites e diversos recursos de interação, é na tela da televisão que a maioria das pessoas conhece os candidatos e faz sua opção.
Lendo a Folha de São Paulo vi que em Alagoas, uma multidão tomou as ruas de caras pintadas gritando “Fora Collor” e houve um princípio de embate com os simpatizantes colloridos que defendem e apóiam a candidatura do ex-presidente que sofreu impeachment em 1992 e agora disputa a cadeira ao governo do estado, mostrando que o povo brasileiro sempre dá uma segunda chance.
O ficha-limpa parece que chegou para ficar, mas ainda sabemos de muitos casos de compra de votos e de candidatos que tentam se esconder em pele de cordeiro, mas que têm a ficha corrida maior que a ficha de realizações em prol da sociedade.
Outro dia, estava na fila do banco e debatendo política com um amigo, ele simpatizante da candidatura de Dilma Roussef para a presidência e de Antonio Anastasia ao governo do estado. Este movimento existe em várias partes do estado e tem até o apelido de “Dilmasia”, afinal muitos prefeitos petistas não trairiam a confiança de Lula, mas também não deixariam de prestigiar a candidatura de um indicado por Aécio Neves.
Na conversa, mencionei que esta dobradinha era incompatível e que uma candidatura tucana no estado não seria beneficiada num governo petista. Mas o amigo argumentava que Dilma, assim como Anastasia, tem formação técnica, é uma gerente pública, pautada na concretização de resultados, sem nunca ter disputado um cargo eletivo, seria beneficiada pela popularidade de seu padrinho, o Presidente Lula, no caso de Anastasia, o ex-Governador Aécio Neves. Meu amigo disse que votaria em Aécio para a presidência, mas que o PSDB desrespeitou o eleitorado mineiro ao forçar a indicação de um candidato paulista, no caso, José Serra.
Concordo com a reflexão sobre o momento político de Aécio Neves para disputar a presidência, como sucessor de Lula, mas a experiência administrativa de Serra, um candidato “experimentado”, ainda fazia toda a diferença. Ao contrário de Dilma que é uma caixinha de surpresas, podendo ser apenas um fantoche manipulado por lideranças de gabarito duvidoso que ainda estão infiltradas nos quadros do PT. Marina Silva é um caso a parte com boas propostas, sensibilidade e capacidade para governar o país, mas sem base suficiente para atingir todo o eleitorado. A conversa durou até o apito que indicava minha senha de atendimento no painel eletrônico do banco, decidimos então concordar que em Minas, a continuidade de um governo de resultados seria o melhor e deixamos o debate presidencial para outra oportunidade.
Certamente, a política é um jogo para adultos, mexe com paixões, tem muitos interesses. É um jogo tão excitante que faz com que as pessoas envolvidas percam a noção da realidade e passem a viver em mundos paralelos onde a mágica eleitoral colore toda a massa cinzenta que existe no dia-a-dia das pessoas em meio a tanta corrupção, improbidade, inércia administrativa, aparelhamento e loteamento das instituições públicas.
Espero que as pessoas saibam discernir o que é marketing e o que é realmente plano de governo possível entre os candidatos para que o país e nosso estado possa manter suas conquistas e avançar nas áreas onde podem se ampliar os investimentos.

Altair Nogueira é publicitário, vereador e há muitos anos foi picado pela mosca azul da política

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O que você gostaria de ver na tv?


Estive em São Paulo nesta semana para gravar uma participação no programa Casos de Família do SBT, debatendo a televisão, a partir do tema que dá título a este artigo. Na pauta, a guerra pela audiência, baixaria e o que as pessoas gostam de ver na televisão. Me acompanharam na discussão, um produtor de TV, um apresentador, um crítico de cinema e TV e um professor. Primeiramente, digo que o programa não é armado, pelo menos, este não foi, pude expressar minhas opiniões reais a respeito da TV e agora reproduzo algumas de minhas considerações neste artigo.
Primeiramente, quero ressaltar que a televisão vive um momento delicado, onde os jovens que sempre foram o principal público alvo se interessam muito mais por celular, internet, mp3, TV a cabo, e-books, do que pelas atrações televisivas. As emissoras de TV aberta ainda não conseguiram se adaptar a esta nova realidade, afinal os jovens de hoje fazem seus próprios vídeos e baixam no You Tube(site que exibe vídeos produzidos por seus próprios usuários), também gravam suas próprias composições que se espalham pelos i-pods, divulgam suas idéias e pensamentos em blogs ou por twitter, orkut, my space, facebook entre outras opções do mundo virtual. A rede mundial de computadores desperta o interesse das pessoas por sua capacidade de interatividade e inovação, que a TV ainda não conseguiu aglutinar em sua grade.
Aliás, inovação é uma palavra cada vez mais distante do mundo televisivo. Vejam um exemplo do que falo com o sucesso que programas de auditório como o de Silvio Santos, Raul Gil e Hebe Camargo ainda alcançam, mesmo depois de décadas no ar com a mesma fórmula. Notem que mesmo apresentadores novatos que estão se destacando no momento, Rodrigo Faro e Luciano Huck recorrem à moldes consagrados em suas atrações para elevarem os níveis de audiência.
As crianças têm assistido novidades como “Bob Esponja” e “Ben 10”, mas o que agrada mesmo ainda são os famosos cartoons da Warner e da Hanna Barbera. Penélope Charmosa, Pernalonga, Pica-Pau, Scooby Doo, Os Flinstones continuam a mexer com o imaginário dos baixinhos. Também não podemos nos esquecer do garoto levado que mora dentro de um barril e apronta todas naquela vila que tem mais de 30 anos no ar: Isso...isso...isso! Estou falando do Chaves.
As novelas são um caso a parte, elas são sempre as mesmas, peguem qualquer trama escrita pela novelista Glória Perez nas últimas duas décadas e verão que são sempre as mesmas histórias, as mesmas personagens, o mesmo desfecho, só mudam nomes, figurinos, cenários e o país. No caso do autor Manoel Carlos então, a coisa é pior, pois nem o nome da protagonista muda, sempre é Helena e sempre vive na zona sul do Rio, no Leblon. Se você assistir o primeiro e o último capítulo, você não perdeu nada, o mocinho sempre vence o vilão e muitos casamentos e batizados são realizados para encerrar qualquer folhetim.
No humor, as piadas são as mesmas do tempo do guaraná com rolha e quem realmente arranca gargalhadas do público são as personagens manjadas do programa “A praça é nossa”, as trapalhadas de Didi e Dedé e os bordões consagrados de Chico Anísio.
Parece que Elis Regina estava certa quando disse que ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais. A TV gira, gira e acaba apostando naquilo que deu certo desde seu início, as fórmulas mais simples são as que o público mais se identifica, afinal parece que a televisão ainda não está preparada para tanta modernidade e interatividade.

Altair Nogueira é publicitário, vereador e adora televisão!

domingo, 25 de julho de 2010

Quanto vale uma vida?


Antes de iniciar qualquer assunto nesta semana, tenho o dever de realizar uma correção histórica aqui em reconhecimento a outro grande prefeito de nossa cidade, José Sobrinho, pai do respeitado e querido Dr. Ubsclender que, atualmente, participa da reestruturação da nossa universidade. Quando escrevi o artigo “Pelé, a marca mais valiosa do mundo!”, cometi um equívoco ao deixar de mencionar que quem nomeou a Rua Edson Arantes do Nascimento e trouxe o Rei Pelé aqui para inaugurá-la foi o então prefeito José Sobrinho, se mostrando um homem a frente de seu tempo com esta ação.
Quando falamos de pessoas que lutaram pelo bem de um povo, muitas vezes, deixando sua própria vida de lado para cuidar das pessoas mais necessitadas, ficamos sem entender o que se passa nos dias de hoje em que se mata por motivos banais, onde já não se valoriza a vida humana, onde as pessoas são descartadas a partir de interesses escusos de outros.
Fiquei abismado com a notícia de um jornal popular de Belo Horizonte de que um filho teria matado a própria mãe por causa de um controle remoto de televisão. No mesmo informativo havia a nota de irmãos que se esfaquearam numa briga de bar e, mais a frente, uma garotinha de 14 anos que matou o colega de escola de apenas 12 anos. Não sei o que está acontecendo. Quando foi que um ser humano passou a ser tão inútil e eu não fui avisado? Quando é que as pessoas passaram a se desrespeitar mutuamente sem motivo aparente, chegando sempre a um destino trágico?
Não se fala em outra coisa no país a não ser no caso Mércia e no caso Eliza. A primeira, advogada, culta, com uma carreira profissional de sucesso, assassinada e encontrada numa represa. A segunda, modelo, abandonada pela família, submetida a cárcere privado e assassinada com requintes de crueldade, inclusive com relatos de que teve partes de seu corpo atiradas para alimentar cães ferozes.
A crueldade humana não é coisa recente, afinal nas arenas aturavam-se seres humanos para lutarem com leões famintos, mas num mundo globalizado, onde o acesso à informação e à educação se multiplicou, fica difícil de acreditar que práticas imperiais, medievais continuam se aplicando para acabar com a vida humana.
Não pretendo me alongar muito neste assunto, pois não gosto do assunto, mas era impossível não me pronunciar a respeito da banalização da vida e da morte. Pessoas sem base familiar, sem princípios cristãos, sem a mínima sustentação moral e ética estão se achando no direito de subtrair a vida das pessoas e de escolher quem deve ou não viver. Isso não pode continuar, precisamos rever nossas leis e nosso sistema prisional. Precisamos repensar a sociedade em que vivemos, somos nossos próprios predadores. Ou tomamos uma atitude rápida em favor da vida ou, além de não mais assistir novelas, não assistirei os telejornais.
Altair Nogueira é publicitário, vereador em Três Corações e está chocado com tanta violência

sábado, 3 de julho de 2010

Eu já sabia!


Por favor não me xinguem queridos leitores, mas quase que saí de casa com uma camiseta “Eu já sabia!” depois que apostei com diversos amigos e parentes que o Brasil não ganharia esta Copa de 2010 e seria eliminado nas quartas de final. Vocês sabem que sou um otimista incorrigível, mas assim como o Kajuru acho que futebol é negócio e que ele não ganharia duas copas consecutivas, afinal em 2014, no Brasil, ele tem obrigação de vencer. No próximo mundial estarei na abertura e principalmente na final para ver a seleção canarinho ganhar, mas sem achar que isto possa mudar os rumos do planeta ou trazer qualquer benefício para nossa gente.
Adoro uma teoria da conspiração e soprei em vários ouvidos de que as copas são todas armadas. Existe uma programação que, ocasionalmente, pode falhar, mas que retrata muitos interesses financeiros, políticos e estratégicos, sendo que nesta, o interesse era que o Brasil não se isolasse na liderança do futebol, ainda mais sediando o próximo campeonato. Alguns vão começar a analisar o que estou falando, outros falarão que sou louco e a maioria vai ficar com raiva, pensando que não sou patriota.
Sou uma das pessoas mais patriotas que conheço, canto o Hino Nacional inteirinho e com emoção, acredito no meu país, pago meus impostos em dia, sou voluntário em diversos projetos sociais, respeito as leis, preservo a natureza, sou filiado a partido e sou brasileiro e não desisto nunca. Mas, nunca me verão chorando por conta de uma desclassificação ou fazendo buzinaço diante de um gol, acho que existem muitas questões mais importantes para se entristecer ou se alegrar.
Quando perdemos queremos achar um culpado: seria a maldição da jabulani, seria a cabeça dura do Dunga, seria a expulsão do jogador, seria o olho gordo do Maradona, seria o juiz japonês? Muitos levam a fama pela saída da seleção. Injustiça maior é culpar o goleiro Júlio César que, na minha modesta opinião, foi o grande craque brasileiro que segurou a barra até as quartas de final, mas ninguém consegue nada sozinho. Talvez seja culpa do pé frio da Copa, Mick Jagger que disse que ia torcer pelo Brasil. Tem tucano falando que a ida do Lula para o continente africano causou a derrota e tem petista que afirma ser olho gordo do Fernando Henrique. Ricardo Teixeira então teve sua genitora lembrada em várias mesas de bar. Nem a fé de Kaká salvou o time desta vez. Nem conseguimos eleger a musa da Copa de 2010 que ficou com a paraguaia Larissa Riquelme.
Quando vi as pessoas rasgando as bandeirinhas que enfeitavam as diversas ruas de nossa cidade, a exemplo do que ocorria Brasil afora, vi que o ufanismo que permeava as ações de todos até então acabara com o apito do juiz. Por este motivo, decidi escrever este artigo que remete a uma das frases mais marcantes de Nelson Rodrigues – “o futebol é o ópio do povo” – ele ilude milhões de pessoas durante algum tempo enquanto se votam aumentos absurdos para o judiciário e para os servidores do senado, enquanto diversos crimes são praticados, enquanto muitos morrem de fome e sofrem com desastres naturais como as enchentes que assolam o nordeste.
Não me alongarei no assunto, mas queria que as pessoas refletissem melhor sobre como esta força, esta torcida, este patriotismo que toma conta do país seria importante se não ficasse restrito à Copa do Mundo e se tornasse algo natural como é nos Estados Unidos, onde as pessoas hasteiam bandeiras nacionais em suas casas, cantam seu hino como um grito de guerra, apóiam todos os esportes, todas as ações sociais e participam do dia-a-dia da política, votam conscientemente e acompanham as atividades de seus governantes. Se nossas crianças fossem treinadas por seus pais a ajudarem as instituições, a terem fé, a preservarem a natureza, a economizarem energia e água, assim como são alienadas para se agarrarem com unhas e dentes à “seleção” brasileira, muita coisa poderia ser diferente no futuro. Afinal, neste momento não adianta falar que da Copa sobrou 1 Dunga, 11 Sonecas e 190 milhões de Zangados, pois o que realmente sobrou foi um povo decepcionado trabalhandoem dobro para repor o tempo perdido na frente da TV, ganhando um salário sem vergonha, enquanto 11 jogadores voltam ao Brasil com milhões e milhões nos calções, sem nenhuma culpa pela derrota.

Altair Nogueira é publicitário, vereador e agora tem o site www.altairnogueira.com.br

quinta-feira, 1 de julho de 2010

A vez dos técnicos


Apesar do que parece, não vou dedicar estas linhas ao fenômeno que domina a mídia nesta Copa do Mundo de 2010, que dá visibilidade e fama aos técnicos das seleções participantes. Claro que é inegável a força que a figura do técnico ganhou neste mundial. Dunga e sua fúria contra a imprensa tem sentido na pele a perseguição dos jornalistas, Parreira saiu como herói mesmo após a derrota da seleção anfitriã na primeira fase, o técnico da França conheceu a derrota e a desmoralização. Cada um ao seu estilo, os treinadores ganharam evidência e até a forma de se vestir do técnico brasileiro é alvo de comentários dos estilistas e cornetas de plantão.
Não gosto do Dunga como técnico, sempre o admirei como jogador, mas agora tem um ar arrogante que me incomoda, mas ainda prefiro aturar o Dunga do que as bravatas disparadas pelo gorducho que treina a Argentina, aquele tal de Maradona que em seu currículo tem um gol feito com a mão, diversas ocorrências policiais e internações em clínicas de recuperação. Sinceramente não tenho nada contra nossos arqui-rivais, até tenho vontade de conhecer a terra dos hermanos, mas aturar o ego superdesenvolvido do Maradona é impossível, se for para perdermos a Copa que seja para qualquer um, menos para a seleção celeste. Aproveito e entro na polêmica, afinal Maradona que já dominou todos os flashes na África do Sul, disparou contra nosso querido conterrâneo e Rei do Futebol, Pelé, afirmando que seu lugar era num museu, e eu concordo plenamente com ele, Pelé tem que estar nos museus, nas galerias, nas grandes exposições, nas melhores coletâneas, já Dieguito só pode figurar as colunas de fofoca e as páginas policiais.
Puxa, não era este o assunto e quase tomei todo o espaço com estas reflexões futebolísticas. Mas, na verdade, quero falar sobre a realização das convenções partidárias que confirmaram os nomes de José Serra, Dilma Roussef e Marina Silva como candidatos à presidência. Estou muito satisfeito, pois temos um trio de qualidade concorrendo nesta eleição em que nenhum revogaria o tripé de estabilidade econômica assentado em metas de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal. Temos três candidatos técnicos, capazes de seguir a agenda de desenvolvimento que vem se consolidando ao longo dos últimos anos. Claro que tenho minha preferência pelo nome de Serra, por sua capacidade administrativa e política já testada e aprovada, mas também percebo o compromisso das duas candidatas com as conquistas de seus antecessores, sendo que Marina Silva tem apresentado propostas inovadoras em certas áreas e surpreendido pela coerência e aplicabilidade de seu plano de governo. Todos os candidatos reconhecem o peso da carga tributária do país e os desafios a serem enfrentados na saúde e na educação, também sabem que a política precisa se moralizar para retomar a confiança da população desesperançada com tanta corrupção descoberta nos últimos anos.
Em nosso estado também encontramos o nome do Professor Anastasia que tentará a reeleição com o apoio de Aécio Neves que disputa uma vaga ao Senado junto de Itamar Franco. Docente da UFMG, foi o grande responsável pela elaboração do choque de gestão que equilibrou as finanças do estado e implantou uma agenda pautada em resultados. Hoje com o auxílio dos marqueteiros já adotou uma postura mais popular e uma fala mais coloquial em que explica o choque de gestão para os populares dizendo que ele é o asfalto que chegou até sua cidade, o celular que já está presente em todos os municípios, o hospital bem equipado. Anastasia é um técnico que foge ao padrão tradicional dos candidatos, mas que saiu de 1% das intenções de voto nas pesquisas e já atinge 22%, ainda sem a presença marcante de Aécio na campanha, que certamente ampliará este cenário e pode até decidir o pleito no 1º turno. Parece que uma nova era na política se anuncia, com candidatos mais qualificados para gerir a máquina pública, visando resultados e não interesses particulares.

Altair Nogueira é publicitário, vereador e acredita nos técnicos

sábado, 26 de junho de 2010

Censuraram a loura bem Devassa


Muitas vezes deixo artigos prontos e programados para serem publicados, mas em vista de acontecimentos mais relevantes e, de acordo com o gosto dos leitores, acabo deixando-os na gaveta até uma oportunidade de publicá-los. Este artigo já não está tão atualizado, mas não poderia deixar de levá-lo ao conhecimento de vocês.
Apesar de ser publicitário, sempre escrevo muito mais sobre política e comportamento, deixando de lado meus conhecimentos profissionais, mas não posso deixar de criticar a ação do CONAR(Conselho Nacional de Auto Regulamentação Publicitária) ao proibir a veiculação do comercial da nova cerveja do Grupo Schincariol, denominada Devassa Bem Loura.
Como sempre, as ações do CONAR parecem não seguir um padrão e acaba que o tiro sempre sai pela culatra, assim o sonho dos publicitários é que o órgão proíba seus comerciais e assim causem uma exposição muito maior em torno na marca, vide o que acontece com a nova cerveja, recorde de acessos no site de vídeos You Tube e mote de diversas matérias nos jornais, nas revistas e na TV.
A propaganda que pode ser facilmente assistida pela internet, não tem nada de especial, traz Paris Hilton se insinuando num tubinho preto, até recatado para os padrões brasileiros, enquanto um fotógrafo voyeur a observa. Talvez se o comercial fosse com a Mulher Melancia ou outra mulher fruta qualquer a repercussão até fosse maior, mas como tudo que é proibido é mais gostoso, todos querem provar a “loura” para ver se é boa mesmo.
Num país onde a novela da Globo prega a infidelidade abertamente no horário nobre e em seguida desfere sexualidade, homofobia e deflagração moral em seu reality show, soa estranho o falso moralismo de se proibir uma propaganda em que a “gostosa” nem mesmo de biquíni está como é de praxe nos anúncios de cerveja do país.
Fala a verdade, você também está com vontade de experimentar a Devassa depois de tanto falatório? Nem mesmo as danças sensuais da garota propaganda Paris Hilton no lançamento da cerveja ou sua aparição no camarote do carnaval carioca causaram tanto tumulto quanto suas insinuações no vídeo de 30 segundos, exibido durante apenas uma semana.
O grande desafio publicitário dos tempos atuais é gerar a chamada mídia espontânea, diante dos altos custos para se divulgar uma marca, e isto, foi alcançado com sucesso pela agência responsável pela Devassa, contando com a ajudinha básica do CONAR, que prefere Juliana Paes no Bar da Boa, Paola Oliveira com a Nº1 ou as gostosas de biquíni das demais, ao invés de uma patricinha norte-americana em uma de suas aparições mais puritanas.

Altair Nogueira é publicitário, vereador e quer experimentar...

sábado, 19 de junho de 2010

Mitos das Eleições


A cada nova eleição, novos nomes se apresentam, figurinhas carimbadas também aparecem e muitos mitos tomam conta da cidade, afinal a temporada de cabos eleitorais começou, os tapinhas nas costas e os sorrisos rasgados já estão presentes nos quatro cantos da cidade, muitas fofocas e mentiras também surgirão para confundir a cabeça dos eleitores.
Alguns colegas vieram me falar que deveria votar num candidato que já tem vários mandatos de uma cidade vizinha aqui da nossa, pois ele já está eleito, então perguntei: Mas se ele está eleito não precisa do meu voto? E além de estar eleito o que ele fez aqui pela nossa cidade? Temos que nos conscientizar que ninguém está eleito ainda, é o nosso voto que tem poder de eleger qualquer candidato e não o dinheiro ou o número de cabos eleitorais que o mesmo apresentar. Este mito do está eleito já derrubou muito candidato e espero que continue assim, pois as pesquisas podem até indicar uma tendência, mas resultado de verdade só nas urnas.
Outro mito que se criou nestas eleições é que nossa cidade não tem eleitorado suficiente para eleger um deputado estadual, mas este logo se esvazia com os números do TRE-MG que apontam que teremos em torno de 55 mil eleitores neste pleito, ou seja, número mais que suficiente para eleger um representante nosso nas eleições. Sei que muitos falarão que eu mesmo já falei nesta coluna que com este número elevado de candidatos que se anuncia por aqui seria impossível eleger alguém, mas mudei de opinião, já que a consciência dos oportunistas e a ânsia das coligações não impediram certas aventuras eleitorais neste ano, somos nós através do nosso voto que elegeremos o melhor candidato e com uma votação expressiva, acima dos 20 mil votos para provar que queremos um representante tricordiano na Assembléia Legislativa.
Muitas pessoas me procuram, perguntando se a Ficha Limpa valerá para estas eleições, se candidatos condenados anteriormente serão barradas, se este ou aquele candidato conseguirá registrar sua candidatura? Sabem o que eu realmente penso, que a função de barrar os ficha sujas não é do TSE, do STJ, do TER e sim de cada um de nós, temos nas mãos a maior arma para por os ficha sujas prá fora e os ficha limpa prá dentro, nosso voto. Vamos pesquisar o passado dos candidatos, quem tem folhas de serviços prestados, quem tem participação social, quem tem formação e liderança para merecer o seu voto e, principalmente, quem tem ética em suas ações e não visa a política como forma de ascensão social e conquista de poder.
Temos que nos conscientizar que um candidato precisa nos convencer com argumentos e ações concretas. O político está para servir a população e não para ser servido pelas cômodas alfaias do poder público. Existe uma nova safra de bons políticos, jovens, idealistas e com caráter e transparência para mudarem a cara da política no nosso país, para isso é preciso conscientização, fale de política com seus alunos, fale de política com seus filhos, fale de política com seus vizinhos, analise, reflita e vote consciente em um candidato decente.
Ailton Vilela e Jorge Gibram ainda são lembrados por sua atuação política e pelos investimentos que conseguiram para nosso município. Estamos há 12 anos, órfãos de uma representação na esfera estadual e perdendo muitas oportunidades, afinal mesmo quando temos um deputado majoritário na cidade, ele contribui, mas sempre privilegia o lugar onde nasceu e onde vive, como temos notado nestes últimos anos. Mas se aproxima, mais uma vez, a chance de mudarmos esta triste realidade, só depende de nós!

Altair Nogueira é publicitário, vereador e vota em candidato de Três Corações

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Brasileiro tem memória curta!


A pergunta que dá título ao meu artigo desta semana na verdade é uma provocação para que todos nós possamos analisar a forma como encaramos a política e os acontecimentos quotidianos de nossa vida.
Muitas vezes ouvimos que o brasileiro tem memória curta e, por isso, figuras como Zé Genoíno, Zé Dirceu, Jader Barbalho, José Sarney, Renan Calheiros, Joaquim Roriz ainda não aposentaram suas chuteiras e sempre conseguem ser escalados para mais um mandato com as bênção de incautos eleitores que se esquecem de cenas em que maços de dinheiro são guardados em bolsas, bolsos, cuecas e outros lugares menos convencionais.
Muitas vezes também a pouca paciência e incapacidade de análise prejudicam certas administrações que são achincalhadas sem o mínimo critério. Uma breve reflexão sobre o momento econômico e político pode responder a muitos questionamentos, mas é mais fácil criticar e continuar de braços cruzados, só elencando os defeitos e os erros de quem se dispôs a representá-los.
Todos os governos têm seus méritos e não podemos dizer que uma administração não teve nenhum avanço. Veja o caso de nossa cidade, analisando um período mais recente de nossa história política, podemos dar uma marca para cada prefeito que passou. Na década de 80, Ailton Vilela foi o prefeito que calçou a cidade e fez casas populares, depois o prefeito Guará assegurou direitos aos servidores públicos e cuidou da infra-estrutura, já na década de 90, Dr. Celso promoveu grandes eventos e alavancou a educação, Faustinho trouxe empresas que geraram empregos e projetou a cidade através do esporte, Gordo Dentista teve destaque ao lançar vários projetos sociais em seu primeiro mandato já no ano 2000 e privilegiou a saúde em seu segundo mandato, agora Faustinho retorna investindo no turismo Pelé e projetando a cidade como pólo regional. Ainda falta muita coisa para Três Corações melhorar sua qualidade de vida e oferecer maior bem estar aos seus munícipes, mas todos devem contribuir, muitas vezes é mais fácil se lembrar das coisas ruins do que das positivas, mas o que não pode acontecer é nos esquecermos dos mensaleiros, dos corruptos, dos compradores de votos, dos ladrões que povoam a política local e nacional e depois de quatro anos aparecem risonhos nas propagandas querendo ludibriar o eleitor com memória curta e tentando voltar para mamar nas fartas tetas do governo, usando o dinheiro público para seu próprio benefício.
Hoje ninguém faz nada sozinho e o governo não supre todas as necessidades de uma comunidade, sem as ações do terceiro setor e a participação dos cidadãos é impossível chegar a soluções reais para os problemas. Por isso, cada vez mais, se faz fundamental que todos nós participemos do processo democrático e político, pois quem fala que não gosta de política, quem fala que político é tudo corrupto e que o Brasil não tem jeito, que nossa cidade não tem jeito são os principais responsáveis pelas mazelas e pela corrupção. A vacina contra a corrupção e para a memória fraca é a participação ativa dos cidadãos, pois os governos têm dado transparência, mas sem acompanhamento, estas informações se perdem no ciberespaço, sem gerar transformação nas ações públicas.
Altair Nogueira é publicitário, vereador e confia na memória do brasileiro e do tricordiano

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Pelé: a marca mais valiosa do mundo!


Como profissional da área, gosto de acompanhar o mercado publicitário e suas interfaces. Recentemente, o SBT, com uma jogada de mestre que só Silvio Santos poderia dar, conseguiu driblar a concorrência que detém os direitos de transmissão da Copa de 2010 e contratou o Rei Pelé para falar da história das copas e comentar os lances desta. Mesmo com sua queda de audiência nos últimos tempos, após o crescimento da Record, Pelé agregou credibilidade ao projeto da emissora e conseguiu atrair anunciantes como MC Donald’s, Correios, Peugeot e Bombril. No total será arrecadado em torno de R$60 milhões com a exibição dos flashs, cifra que não se costuma ver fora da Globo, ainda mais em uma TV que não transmitirá os jogos.
Pelé estrela a campanha nacional da SKY, ao lado da top Gisele Bündchen e a empresa pretende estender o prazo de exibição da propaganda, visto que após seu início foi estrondoso o sucesso de vendas. A Louis Vuitton acaba de divulgar a foto da campanha Valores Essenciais que traz Pelé, Zidane e Maradona jogando pebolim. O Rei do Futebol também estrela a campanha da Mastercard, entre outras empresas que figuram na lista das maiores do mundo, mas que ainda não lançaram suas mídias.
Pelé é o brasileiro mais conhecido no mundo, o que todas as pesquisas dos melhores e mais renomados institutos confirmam, além de ser a personalidade com mais carisma e credibilidade na sociedade, ao lado de nomes como Silvio Santos, Lula, Roberto Carlos, por isso atrai tanta publicidade, todos querem associar seu nome ao do rei, seu nome vende, agrega valor e transmite liderança.
Apesar de toda esta fama, sua terra natal só teve até hoje um homem que acreditou neste potencial e, ainda nos anos 70, construiu o monumento que o homenageia no centro da cidade, a Praça Pelé que, na verdade, se chama Coronel José Martins(alguém arrisca quem é?). O ex-prefeito Odilon Resende Andrade não só ergueu o monumento como deu nome à rua onde ele nasceu, o recebeu em grande estilo e também foi prestigiar sua despedida do Cosmos nos Estados Unidos. Depois dele, Dr. Celso procurou nosso conterrâneo mais ilustre e criou o Projeto Pelezinho, além de incluir a inscrição “Terra do Rei Pelé” em todos os documentos oficiais do município. Gordo Dentista ergueu a estátua às margens da Fernão Dias, mesmo com uma localização duvidosa, é mais um marco de nossa terra, também em sua administração realizou o Dia do Pelé e mudou o nome do Ginásio para Pelezão(afinal nosso único estádio não se chama Edson Arantes do Nascimento). Não posso deixar de citar o outdoor de Boas Vindas com a imagem de Pelé na entrada da cidade, a gincana Pelé e o projeto de descrição de como era a casa onde a família morava, realizados pela Associação Comercial na gestão do Paulinho do Posto São Thomé. Agora, queiram os cornetas de plantão ou não, Faustinho entra para a história ao adquirir o terreno da família Arantes do Nascimento e conseguir os recursos necessários para reconstruir a casa onde o Rei nasceu em nossa cidade, também para criar o Museu Pelé na Casa da Cultura e colocar sinalização turística indicativa. Não podemos deixar de citar que o Secretário de Cultura Valério Neder foi um pilar deste projeto e está empenhado nesta ação que acabará com uma atraso de anos, que vai reinserir Três Corações no mapa, sendo destino de turistas do mundo todo que querem conhecer a terra natal do Rei Pelé.
O que todas estas ações após Odilon Resende têm em comum? Um incansável ser multimídia que luta a 16 anos para colocar nas cabeçinhas ocas tricordianas que não era Pelé que tinha de fazer algo por nossa cidade e, sim, nós que deveríamos aproveitar esta marca de sucesso, esta grife mundial e virar um pólo turístico do Brasil. Finalmente, após todo este tempo, ações concretas estão sendo feitas com planejamento e seriedade para tornar realidade o sonho do amigo Fernando Ortiz. Ele que vem “PELEJANDO” por toda a vida para convencer os governantes de nossa cidade que Pelé é nosso maior patrimônio e só ele pode nos tirar do ostracismo, do atraso, do marasmo. Pelé é nosso Mickey, nossa Disneylândia é a Pelélândia. O colega vereador Gleyser e eu também estamos apostando neste foco e criamos o projeto “Calçada da Fama do Esporte”, cuja primeira marca, é claro, será a de Pelé e, assim como o Nando, estamos de ouvidos tapados para as críticas ácidas, para os pessimistas inveterados, para os cornetas de porta de bar, para os falastrões da esquina. Quem não acredita na idéia, dou a dica do Zagalo: “Vocês vão ter que engolir!”, afinal já está aprovado pelos colegas vereadores, sancionado pelo prefeito, projetado pela competente arquiteta Karina e patrocinado pela iniciativa privada. Chegou a hora de nossa população entender que cada área tem suas prioridades, a saúde tem as suas, a educação tem as suas, e o turismo e desenvolvimento tem as suas, e a prioridade agora é Pelé ou ficaremos de fora do roteiro da Copa de 2014 no Brasil.
Parabéns Nando Ortiz, sua luta não foi em vão e você é um exemplo vivo de que com persistência, com perseverança e uma boa dose de suor, os sonhos se tornam realidade. Parabéns ao Prefeito, aos vereadores que apóiam, e a todos que de alguma forma estiveram ou estão envolvidos no desenvolvimento de ações que possibilitem o Turismo Pelé. E você que não acredita, não fique parado criticando, arregace as mangas e faça a sua parte pelo bem de nossa cidade!
Altair Nogueira é publicitário, vereador e Pelémaníaco, assim como Nando Ortiz!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Três Corações fica de fora mais uma vez!


Antes de chegarmos ao tema central deste artigo, quero dar uma volta pelo atual cenário político brasileiro. Primeiro quero, mais uma vez, reconhecer os avanços do Presidente Lula e seu papel de liderança no contexto mundial, sem desmerecer o salto que o Brasil deu nos últimos anos só acho necessário denotar que o ex-presidente Fernando Henrique foi quem plantou as bases da consolidação econômica do país e lançou os primeiros programas de transferência de renda. Até mesmo Fernando Collor com sua maculada gestão, marcada pela corrupção, teve seus méritos quando abriu as portas para o mercado internacional. Muitas vezes temos a impressão de que Lula foi o primeiro presidente do Brasil e que foi ele que fez tudo o que temos hoje, então é importante termos visão crítica e análise imparcial para reconhecermos os progressos de sua gestão, mas não deixarmos de valorizar tudo o que tem sido construído desde a redemocratização.
Também gostaria de tratar neste texto do jogo de marketing que tentam implantar na candidata fantoche do governo, Dilma Rousseff, mas que ela própria estraga com suas derrapadas em cada nova entrevista. A neo-petista nos últimos dias disse ser católica no mesmo dia em que freqüentou um terreiro de candomblé, talvez confiando na memória curta do brasileiro, pensou que já tínhamos esquecido que ela já se declarou atéia, depois falou em uma força superior, disse que a “deusa” Nossa Senhora exerce forte influência em sua vida. Alguns analistas políticos afirmam que Dilma muda de opinião como muda de cabelo, já defendeu o aborto como questão de saúde pública e agora disse que “nenhuma mulher é a favor do aborto”, só não disse se ela é a favor. Parece que é mais fácil levar um sindicalista barbudo, grosseiro e falando errado a usar terninhos italianos, com barba feita e com um português compreensível do que transformar uma “ex-terrorista”, que não acredita em Deus e defende uma cultura de morte.
Também não poderia deixar de falar da querida Marina Silva que já definiu seu vice, o grande empresário Guilherme Leal da Natura. Parece que estamos vendo a trajetória do Presidente Lula se repetindo, uma militante de esquerda, que se alfabetizou aos 16 anos, viveu na miséria extrema e se elegeu a senadora mais jovem do país, defendendo a bandeira do meio-ambiente contra toda a máquina capitalista selvagem. Ela tem posições firmes, além de ser muito coerente e ter pontos de vista bem definidos. Sua entrada na corrida eleitoral já representa um grande avanço para nossa democracia e significa a ampliação do debate sobre o desenvolvimento sustentável e a preservação da natureza, o respeito aos povos da floresta e à diversidade. Também é inevitável lançarmos um olhar atento para a presença de duas mulheres presentes no pleito, ambas com espaço na mídia e representatividade para concorrerem ao cargo, realmente confirmando a tendência de ascensão das mulheres a postos cada vez mais elevados na sociedade.
Por fim, quero, mais uma vez, clamar aos santos para que iluminem a cabeça de nossos políticos para que tomem juízo e pensem mais em nossa cidade do que em seus próprios egos. Nossa cidade não suporta este número de candidatos que se anuncia por aí, se não houver união e aliança, Três Corações ficará de fora mais uma vez, tanto da Assembléia Legislativa, quanto da Câmara dos Deputados. Poderíamos juntar dois bons nomes com chances reais, com viabilidade financeira, perfil carismático, formação adequada, influência regional e com penetração em, ao menos, 30 cidades para garantir uma votação expressiva e eleger nossos representantes nas esferas estadual e federal ou ficar mais quatro anos assistindo o crescimento de nossas vizinhas e o ostracismo de nossa terra. Ainda tenho esperança de que as convenções partidárias barrem alguns destes aventureiros, principalmente os ficha-sujas para que possamos apoiar um representante nosso nesta eleição.
Altair Nogueira é publicitário, vereador e quer ver Três Corações bem representada na política estadual e federal.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Carta ao Prefeito

Nesta edição, deixarei de publicar a o artigo com o título “Três Corações fica de fora mais uma vez!” para publicar uma carta que enviei ao Prefeito Faustinho e ao novo Secretário de Desenvolvimento Social, Frank Dias Barbosa sobre minhas impressões a respeito da ação social em nossa cidade. Já fiz dois artigos com o título “Três Corações Terra de Crack” e para não ter que fazer outro, preferi enviar esta correspondência ao executivo, a qual está transcrita na íntegra e na próxima semana falarei mais uma vez dos pré-candidatos a deputado-estadual de nossa cidade.
“Venho trazer a V.Exa. algumas preocupações que fazem parte do cotidiano de centenas de famílias de nossa cidade nos últimos anos e lhe propor algumas sugestões a respeito desta situação.
A cada dia, as drogas têm assolado nossa sociedade, causando degradação, violência e morte, principalmente entre os mais jovens e carentes. Muitas vezes, nossas crianças, adolescentes e jovens recorrem ao vício das drogas como forma de se distanciar de uma realidade de miséria e sofrimento, causando um círculo vicioso onde a criminalidade se faz presente como forma de sustentar esta prática,
Peço encarecidamente que a Prefeitura estude a possibilidade de retomar os projetos sociais nos bairros da cidade, principalmente onde estão os bolsões de pobreza e que apresentem índices altos de criminalidade e delinqüência juvenil.
Andando pelos bairros na noite, sem nenhum critério específico, é possível notar o avanço do consumo de crack entre as pessoas, ressalto novamente, principalmente entre os mais jovens e carentes. Nossa rede de proteção social precisa ser ampliada e divulgada para chegar a quem realmente precisa, e não se enganem, são muitas as pessoas flageladas pela droga, pela miséria, pela violência doméstica.
Aproveito este momento em que um novo secretário assume esta pasta de suma importância para o desenvolvimento e governabilidade de qualquer cidade, pois sem o bem estar das pessoas não há como evoluir, para pedir uma maior integração entre as pastas. A Secretaria de Desenvolvimento Social não pode agir sozinha, ela não alcançará resultados sem integração, especialmente com as Secretarias de Educação e Esporte.
A Secretaria de Esporte tem desempenhado um belo trabalho através de projetos como o Segundo Tempo e o Minas Olímpica, além das ações em diversas modalidades como vôlei, futebol, basquete e ginástica olímpica. Acredito que não há no momento, melhor forma de se aproximar e criar um canal direto de comunicação com os jovens do que através do esporte e nossa cidade conta com diversos profissionais qualificados que podem integrar os quadros de tais ações.
É muito necessário que a política social do município funcione bem para que estes jovens não saiam das escolas. Muitas vezes, a evasão escolar é causada por interferências sociais. Professores não podem ser agredidos verbal e fisicamente em sala de aula, durante o processo de alfabetização não há tempo hábil para que professores assumam a função de assistentes sociais de casos de vulnerabilidade pessoal e social que, cada vez mais, povoam as nossas escolas. Estes alunos, por sua vez, não podem ser abandonados e precisam de um acompanhamento sério e criterioso, especializado para reverter este processo.

Precisamos ouvir mais a voz dos conselhos consultivos, pois eles representam suas classes e precisam de um apoio efetivo do governo para que não sejam gritos vazios de socorro. Dentre estes, reforço a importância das ações de acessibilidade para idosos e pessoas com deficiência, esta é uma política nacional que não pode deixar de ser executada em âmbito local.
Em tempo, precisamos investir em um Centro de Recuperação para Dependentes Químicos em nossa cidade e oferecer maior apoio e acompanhamento aos já existentes, visto que os números de usuários de drogas vem aumentando significativamente.
Precisamos que o Conselho Tutelar seja mais atuante e promova ações de prevenção, visitando as escolas, os bairros e as instituições de nossa cidade para realizar um mapeamento da atual situação de nossas crianças e adolescentes.
Nossos Centros de Referência de Assistência Social(CRAS) precisam ser referências de verdade para a comunidade, todos devem sentir-se acolhidos pelas ações destes, e seus resultados têm de ser reais e concretos. Não há mais espaço para amadorismo na administração pública e a atual forma de execução do Serviço Único de Assistência Social defende o fim do assistencialismo e clientelismo por uma promoção social através da conscientização cidadã, da transparência, e de ações normativas com monitoramento e geração de resultados. Porém, além dos critérios técnicos, precisamos ter sensibilidade para entender e atender os anseios de nossa população já tão penalizada.
Outra ação que em que em minha opinião seria de extrema importância, seria um fórum com a participação de todas as entidades de nosso município, a fim de sistematizar as ações, atualizar informações e regularizar suas documentações e suas atividades.
Por fim, gostaria de sugerir a criação de um Cadastro Único Social do município, pois sem dados, acho difícil definir ações e realizar as atividades necessárias para alcançar os que precisam. Através do Cadastro Único Social, teríamos um mapeamento completo de todos os cidadãos carentes, quais estão recebendo os benefícios e programas de transferência de renda, quais estão sendo atendidos por entidades locais, onde estão e como vivem, assim seria possível uma maior participação inclusive do voluntariado em prol destes grupos.
Espero que tenha contribuído com minhas sugestões e ressalto que o desenvolvimento social não é apenas tarefa governamental, e sim, de nós todos. Se não arregaçarmos as mangas, deixarmos um pouco nossos gabinetes, computadores e telefones e colocarmos em prática toda esta base teórica que resguarda direitos e assegura uma rede de proteção social, logo não conseguiremos mais reverter este domínio das drogas e da marginalidade em nossa sociedade. Ou nos fazemos presentes nestas comunidades ou deixamos de vez com que marginais se apoderem destas. Vamos nos unir e construir juntos uma cidade melhor, com qualidade de vida e bem-estar social, onde todos tenham oportunidades e onde só tenhamos craques de bola, craques de matemática, craques da música, e não este maldito crack que destrói os sonhos e a esperança de nossas crianças.”


Altair Gustavo Rocha Nogueira é publicitário, vereador e quer ajudar a mudar esta triste realidade de nosso país.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Sozinhos não vamos a lugar nenhum!


Sempre me pergunto por que a vida nos impõe certos desafios e se somos realmente capazes de superar tantas barreiras e obstáculos que despontam diante de nossa caminhada terrena. Muitas vezes nos preocupamos com coisas tão pequenas e logo adiante aparecem problemas maiores que temos de nos desdobrar para solucionar.
Jesus nos fala no evangelho uma frase interessante: “O ramo não pode dar fruto por si mesmo”. Como temos uma tendência natural ao egoísmo, até pensamos que podemos resolver tudo sozinhos, sem a ajuda de ninguém, mas se pararmos um minuto para analisar, percebemos que somente em parceria, unidos conseguimos alcançar nossos objetivos.
Muitas vezes somos tomados pelo orgulho e achamos que somos dono de tudo, que sabemos tudo, que podemos tudo e somos os melhores, e quando nos damos conta de nossa pequenez já é tarde. Estamos cegos de tal maneira e nos achando tão auto-suficientes que perdemos o sentido da realidade.
Assim como as árvores temos raízes, temos ramos e damos frutos. As boas árvores sempre são admiradas e bem cuidadas, as demais secam, morrem, são arrancadas e queimadas. Sempre devemos reconhecer que nossas raízes não podem ser esquecidas, precisam de cuidado, atenção para manter nossa base sempre sólida, assim também teremos ramos vigorosos e frondosos. Nossos frutos devem ser compartilhados e também lançados ao solo como sementes do amanhã.
Árvores juntas formam belos parques e bosques, umas protegem as outras, geram vida ao seu redor e assim compõem a maravilha da criação. Também nós inspirados nestes exemplos devemos viver em comunhão a fim de espalhar energia positiva por todos os cantos por onde passamos.
Viver em comunidade é difícil sim, são muitas pessoas, umas diferentes das outras, com pensamentos destoantes, com ações divergentes, com seu modo de existir, mas nossa missão neste mundo passa pelo respeito à diversidade, passa pela aceitação do ser humano com suas falhas e pelo perdão, somente assim é possível notar a beleza da vida e colher os frutos que brotam a todo momento.
Altair Nogueira é publicitário, vereador e cita o ditado africano: “Faça como a tamareira, atiram-lhe pedras e ela deixa cair seus frutos!”

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Quem é o culpado pela dengue?


Outro dia, recebemos o médico infectologista, Dr. Luis Carlos Coelho em nossa Câmara Municipal para alertar sobre o perigo da epidemia de dengue em nossa cidade. Durante a sessão, falou-se sobre os sintomas e a prevenção da doença, também sobre o longo período que as larvas sobrevivem em certas condições climáticas e sobre a intensificação dos casos nos últimos dias.
Até onde sei, já são mais de 120 notificações e 1 morte. Para tomar medidas preventivas e impedir que a dengue chegue até você, a melhor atitude é combater os focos de acúmulo de água. Esses locais são propícios para a criação e reprodução do mosquito transmissor da dengue.
Os sintomas da dengue são os seguintes: febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas no corpo, dor nos ossos e articulações.
Questionou-se a ação da Prefeitura, quanto à informação da população, o número de agentes de endemias, a punição aos donos de terrenos baldios, e o tratamento dos doentes. Neste momento é importante que não se escondam os casos, pois a divulgação serve de alerta para que as pessoas fiquem atentas.
A dengue no país tem vários culpados, desde a inércia governamental, visto que o atual governo foi o que menos investiu na saúde, mas principalmente a falta de cuidados da população. Se eu cuido do meu quintal, mas meu vizinho não cuida, a dengue está ali para atacar os dois. Por isso, a importância de se denunciar quem está juntando lixo em casa e deixa água parado em recipientes.
Acho que é motivo para temermos sim, e nos informarmos sobre a doença para prevenir. Afinal maior que a epidemia de dengue em nossa cidade, somente a epidemia de pré-candidatos.
Vamos unir nossas forças contra a dengue! Dê uma olhada no seu quintal, pois pode ser um foco sem você saber. Amarre bem os sacos de lixo. Lave seu quintal com água e sabão. Não deixe a água da chuva acumulada sobre a laje. Mantenha a caixa d’água completamente fechada. Não jogue lixo em terrenos baldios. Lave bem todos os utensílios usados para guardar água em casa. Jogar no lixo, todos os objetos que possam acumular água como garrafas e latas.

Altair Nogueira é publicitário, vereador e está atento no combate à dengue!