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domingo, 25 de julho de 2010

Quanto vale uma vida?


Antes de iniciar qualquer assunto nesta semana, tenho o dever de realizar uma correção histórica aqui em reconhecimento a outro grande prefeito de nossa cidade, José Sobrinho, pai do respeitado e querido Dr. Ubsclender que, atualmente, participa da reestruturação da nossa universidade. Quando escrevi o artigo “Pelé, a marca mais valiosa do mundo!”, cometi um equívoco ao deixar de mencionar que quem nomeou a Rua Edson Arantes do Nascimento e trouxe o Rei Pelé aqui para inaugurá-la foi o então prefeito José Sobrinho, se mostrando um homem a frente de seu tempo com esta ação.
Quando falamos de pessoas que lutaram pelo bem de um povo, muitas vezes, deixando sua própria vida de lado para cuidar das pessoas mais necessitadas, ficamos sem entender o que se passa nos dias de hoje em que se mata por motivos banais, onde já não se valoriza a vida humana, onde as pessoas são descartadas a partir de interesses escusos de outros.
Fiquei abismado com a notícia de um jornal popular de Belo Horizonte de que um filho teria matado a própria mãe por causa de um controle remoto de televisão. No mesmo informativo havia a nota de irmãos que se esfaquearam numa briga de bar e, mais a frente, uma garotinha de 14 anos que matou o colega de escola de apenas 12 anos. Não sei o que está acontecendo. Quando foi que um ser humano passou a ser tão inútil e eu não fui avisado? Quando é que as pessoas passaram a se desrespeitar mutuamente sem motivo aparente, chegando sempre a um destino trágico?
Não se fala em outra coisa no país a não ser no caso Mércia e no caso Eliza. A primeira, advogada, culta, com uma carreira profissional de sucesso, assassinada e encontrada numa represa. A segunda, modelo, abandonada pela família, submetida a cárcere privado e assassinada com requintes de crueldade, inclusive com relatos de que teve partes de seu corpo atiradas para alimentar cães ferozes.
A crueldade humana não é coisa recente, afinal nas arenas aturavam-se seres humanos para lutarem com leões famintos, mas num mundo globalizado, onde o acesso à informação e à educação se multiplicou, fica difícil de acreditar que práticas imperiais, medievais continuam se aplicando para acabar com a vida humana.
Não pretendo me alongar muito neste assunto, pois não gosto do assunto, mas era impossível não me pronunciar a respeito da banalização da vida e da morte. Pessoas sem base familiar, sem princípios cristãos, sem a mínima sustentação moral e ética estão se achando no direito de subtrair a vida das pessoas e de escolher quem deve ou não viver. Isso não pode continuar, precisamos rever nossas leis e nosso sistema prisional. Precisamos repensar a sociedade em que vivemos, somos nossos próprios predadores. Ou tomamos uma atitude rápida em favor da vida ou, além de não mais assistir novelas, não assistirei os telejornais.
Altair Nogueira é publicitário, vereador em Três Corações e está chocado com tanta violência

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