Minha opinião sobre o rompimento do vice-prefeito

Retornei hoje de uma viagem a Belo Horizonte e fiquei surpreso com a matéria divulgada na Eptv e com comentários nas redes sociais sobre o possível esvaziamento do gabinete do vice-prefeito Cosme Nascimento. Acho necessário ressaltar o respeito que tenho pelo cidadão Cosme, que sempre admirei por sua conduta pessoal e familiar, mas na política, muitas vezes, cometemos erros, eu mesmo já os cometi, e quando isso acontece é necessário coragem e desprendimento para tomar as atitudes que a população espera de nós. Acho que o rompimento político do vice com a atual administração é incompatível com sua permanência na função. Na carta escrita pelo mesmo, ele deixa claro que não compartilha mais desta administração, mas como a própria comunidade questiona nas ruas e nas redes sociais, quer continuar recebendo seu salário de cerca de R$10mil, desfrutando de secretária, telefone, carro com motorista, diárias, etc. A renúncia seria o caminho mais coerente em minha opinião. Como o próprio prefeito disse em entrevista, não há como abandonar o barco e continuar agarrado na âncora. Especificamente sobre os móveis, todos que trabalham no prédio principal da prefeitura sabem que estamos de mudança para o novo Centro Administrativo Municipal no bairro Jardim América. O gabinete do prefeito e do vice já estão sem os móveis há cerca de 20 dias. Os móveis e documentos das secretarias de governo, finanças e comunicação estão sendo encaixotados para a mudança. Então, enxerguei a reportagem e a publicação da imagem acima como um simples ato de vitimização do vice-prefeito que pretende lançar seu nome como candidato nas eleições de outubro. Não vou polemizar a questão, mas acho que existem outros caminhos para se projetar na mídia, sem precisar de sensacionalismo. Como alguém que não compartilha da forma de governar do prefeito quer permanecer na sala ao lado como se nada tivesse acontecido? Acho que vale o que fala o Papa Francisco em seu primeiro livro – “O nome de Deus é misericórdia”- sobre a postura dos políticos e a corrupção, pedindo mais caridade, perdão e honestidade em suas ações. Em um trecho afirma categoricamente: "O corrupto, por sua vez, é aquele que peca e não se arrepende, peca e finge ser cristão, e com a sua dupla vida provoca escândalo."