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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

"A política é o maior de todos os teatros", já dizia Antônio Ermírio de Moraes

Assim como o pai, o empresário Antônio Ermírio de Moraes, presidente do Grupo Votorantim, falecido em agosto deste ano, aventurou-se na política , lançando-se como candidato a governador nas eleições estaduais em São Paulo em 1986 pela União Liberal Trabalhista Social (PTB, PL e PSC), ficando em segundo lugar, perdendo para Orestes Quércia, do PMDB, em uma época em que não havia segundo turno. Durante esta experiência ficou chocado com as manobras políticas e fisiológicas, todos que o abordavam pediam cargos para poder ficar sem trabalhar. O mesmo ficou abismado ao ver o amigo Fernando Henrique Cardoso mudar de lado e apoiar o candidato vitorioso, aprendeu que as traições são comuns no mundo político. Foi a frustração com a política que o levou a escrever peças teatrais, dizia que "a política é o maior de todos os teatros".  É autor de três peças de teatro, duas já lançadas no circuito paulistano 10 : Brasil S.A., Acorda Brasil e S.O.S Brasil. Todas as peças acabaram virando livro, a peça "Acorda Brasil" foi vista por 26 mil pessoas. Também escreveu para a Folha de São Paulo uma coluna dominical durante 17 anos, onde analisava o cenário econômico e político brasileiro e mundial, e muitas vezes, fazia críticas ácidas aos governantes. Ermírio sempre alertava colegas que não deveriam se aventurar na política, pois não seriam bem sucedidos na vida pública como em suas carreiras empresariais, e afirmava em suas entrevistas: "As campanhas políticas têm muito de teatro. Aprendi que o sucesso eleitoral depende basicamente da manipulação competente das emoções dos eleitores. O script precisa ser bom; mas a interpretação é decisiva."

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